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13/04/2007
-
14h47
da Folha Online
O prazo dado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para que a Coréia do Norte feche o reator nuclear de Yongbyon --o seu principal-- expira neste sábado, e Pyongyang não demonstra que irá cumprir a data acordada há dois meses.
Um pacto fechado em 13 de fevereiro deste ano entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países enviariam ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Hoje, o governo norte-coreano voltou a exigir a liberação dos US$ 25 milhões congelados no Banco Delta Asia (BDA), em Macau, para iniciar seu desarmamento.
Os EUA afirmaram que autoridades de Macau desbloquearam os fundos, que ficaram congelados durante 19 meses e paralisaram a desnuclearização.
No entanto, uma instituição financeira irá "confirmar a informação", de acordo com o Ministério norte-coreano de Relações Exteriores.
Os fundos em Macau foram congelados em 2005, depois que os EUA acusaram o banco de envolvimento com lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.
No final de março deste ano, insatisfeita porque os recursos ainda não haviam sido liberados, a Coréia do Norte abandonou uma reunião entre as seis partes a respeito de seu programa nuclear.
"Não há motivo para que a Coréia do Norte não cumpra a última etapa da desnuclearização", afirmou o vice-secretário de Estado americano, Christopher Hill. Ele recusou-se a comentar o que pode acontecer neste sábado. "Não estamos indiferentes ao fato de o prazo não ser cumprido. Obviamente, é uma data muito importante", limitou-se a comentar.
Em declarações à imprensa em Pequim, onde se reunião com o representante chinês, Wu Dawei, neste sábado, Hill afirmou que os EUA trabalharão "ao lado de seus parceiros" para dar uma "resposta apropriada" à atual situação.
A única represália imediata que será sofrida por Pyongyang será a suspensão do envio de 50 mil toneladas de combustível, que seriam dadas em troca do fechamento do reator nuclear.
O carregamento seria a primeira parte do US$ 1 milhão em combustível prometido ao país.
Inspeções
A AIEA aguarda um convite formal da Coréia do Norte para uma visita preliminar de inspetores da agência, de acordo com fontes diplomáticas que acompanham a negociação.
Na quarta-feira (11), Pyongyang prometeu fechar Yongbyon 24 horas após ter acesso aos fundos congelados, e disse que permitiria também o retorno dos inspetores da AIEA ao país.
O país expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear norte-coreano. Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.
Na quarta-feira (11), o Departamento de Estado americano admitiu que concluir o fechamento de Yongbyon dentro do prazo estipulado não seria tarefa fácil para o governo de Pyongyang. "Eu sei que haverá questões técnicas que podem impedir que isso seja feito com segurança", afirmou o porta-voz Sean McCormack.
"Nós veremos em que ponto estaremos no sábado. Mas acreditamos que todos devem se esforçar para cumprir o prazo de 60 dias", acrescentou, descartando a necessidade extensão do prazo. "Não há motivo para prolongar a questão agora. Nós [os EUA] não queremos estender a data", disse.
Com agências internacionais
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O prazo dado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para que a Coréia do Norte feche o reator nuclear de Yongbyon --o seu principal-- expira neste sábado, e Pyongyang não demonstra que irá cumprir a data acordada há dois meses.
Um pacto fechado em 13 de fevereiro deste ano entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países enviariam ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Hoje, o governo norte-coreano voltou a exigir a liberação dos US$ 25 milhões congelados no Banco Delta Asia (BDA), em Macau, para iniciar seu desarmamento.
Os EUA afirmaram que autoridades de Macau desbloquearam os fundos, que ficaram congelados durante 19 meses e paralisaram a desnuclearização.
No entanto, uma instituição financeira irá "confirmar a informação", de acordo com o Ministério norte-coreano de Relações Exteriores.
Os fundos em Macau foram congelados em 2005, depois que os EUA acusaram o banco de envolvimento com lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.
No final de março deste ano, insatisfeita porque os recursos ainda não haviam sido liberados, a Coréia do Norte abandonou uma reunião entre as seis partes a respeito de seu programa nuclear.
"Não há motivo para que a Coréia do Norte não cumpra a última etapa da desnuclearização", afirmou o vice-secretário de Estado americano, Christopher Hill. Ele recusou-se a comentar o que pode acontecer neste sábado. "Não estamos indiferentes ao fato de o prazo não ser cumprido. Obviamente, é uma data muito importante", limitou-se a comentar.
Em declarações à imprensa em Pequim, onde se reunião com o representante chinês, Wu Dawei, neste sábado, Hill afirmou que os EUA trabalharão "ao lado de seus parceiros" para dar uma "resposta apropriada" à atual situação.
A única represália imediata que será sofrida por Pyongyang será a suspensão do envio de 50 mil toneladas de combustível, que seriam dadas em troca do fechamento do reator nuclear.
O carregamento seria a primeira parte do US$ 1 milhão em combustível prometido ao país.
Inspeções
A AIEA aguarda um convite formal da Coréia do Norte para uma visita preliminar de inspetores da agência, de acordo com fontes diplomáticas que acompanham a negociação.
Na quarta-feira (11), Pyongyang prometeu fechar Yongbyon 24 horas após ter acesso aos fundos congelados, e disse que permitiria também o retorno dos inspetores da AIEA ao país.
O país expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear norte-coreano. Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.
Na quarta-feira (11), o Departamento de Estado americano admitiu que concluir o fechamento de Yongbyon dentro do prazo estipulado não seria tarefa fácil para o governo de Pyongyang. "Eu sei que haverá questões técnicas que podem impedir que isso seja feito com segurança", afirmou o porta-voz Sean McCormack.
"Nós veremos em que ponto estaremos no sábado. Mas acreditamos que todos devem se esforçar para cumprir o prazo de 60 dias", acrescentou, descartando a necessidade extensão do prazo. "Não há motivo para prolongar a questão agora. Nós [os EUA] não queremos estender a data", disse.
Com agências internacionais
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