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14/04/2007
-
11h54
da Folha Online
A Coréia do Norte descumpriu com o prazo de 60 dias dado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para o fechamento de seu reator nuclear de Yongbyon --o primeiro passo para colocar em prática o desarmamento do país-- que expirou hoje.
Um pacto fechado em 13 de fevereiro deste ano entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países enviariam ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Os Estados Unidos afirmaram que o não-cumprimento é significativo, mas não é fatal para o acordo. "Estamos preocupados com os 60 dias", afirmou o vice-secretário de Estado americano, Christopher Hill, em Pequim. "Várias medidas deveriam ter sido tomadas [por Pyongyang] e não foram", acrescentou.
Segundo ele, a pedido de seu colega chinês, Wu Dawei, os EUA aguardarão mais alguns dias. "Os chineses querem que tenhamos paciência e esperamos mais um pouco", disse ele.
A Coréia do Sul minimizou o descumprimento do prazo, dizendo que se trata de uma "questão técnica". "O que importa é a vontade política [de se desarmar]", disse o principal negociador sul-coreano, Chun Yung-woo, dizendo que Pyongyang deve cumprir o compromisso.
A única represália imediata que será sofrida por Pyongyang será a suspensão do envio de 50 mil toneladas de combustível, que seriam dadas em troca do fechamento do reator nuclear.
O carregamento seria a primeira parte do US$ 1 milhão em combustível prometido ao país.
Na quarta-feira (11), o Departamento de Estado americano admitiu que concluir o fechamento de Yongbyon dentro do prazo estipulado não seria tarefa fácil para o governo de Pyongyang. "Eu sei que haverá questões técnicas que podem impedir que isso seja feito com segurança", afirmou o porta-voz Sean McCormack.
"Nós veremos em que ponto estaremos no sábado. Mas acreditamos que todos devem se esforçar para cumprir o prazo de 60 dias", acrescentou, descartando a necessidade extensão do prazo. "Não há motivo para prolongar a questão agora. Nós [os EUA] não queremos estender a data", disse.
Recursos
Ontem, o governo norte-coreano voltou a exigir a liberação dos US$ 25 milhões congelados no Banco Delta Asia (BDA), em Macau, para iniciar seu desarmamento.
Os EUA afirmaram que autoridades de Macau desbloquearam os fundos, que ficaram congelados durante 19 meses e paralisaram a desnuclearização.
No entanto, uma instituição financeira iria "confirmar a informação", de acordo com o Ministério norte-coreano de Relações Exteriores.
Na quarta-feira (11), Pyongyang prometeu fechar Yongbyon 24 horas após ter acesso aos fundos congelados, e disse que permitiria também o retorno dos inspetores da AIEA ao país.
O país expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear norte-coreano.
Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.
Com agências internacionais
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Coréia do Norte descumpre prazo para fechamento de reator nuclear
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A Coréia do Norte descumpriu com o prazo de 60 dias dado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para o fechamento de seu reator nuclear de Yongbyon --o primeiro passo para colocar em prática o desarmamento do país-- que expirou hoje.
Um pacto fechado em 13 de fevereiro deste ano entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países enviariam ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Os Estados Unidos afirmaram que o não-cumprimento é significativo, mas não é fatal para o acordo. "Estamos preocupados com os 60 dias", afirmou o vice-secretário de Estado americano, Christopher Hill, em Pequim. "Várias medidas deveriam ter sido tomadas [por Pyongyang] e não foram", acrescentou.
Segundo ele, a pedido de seu colega chinês, Wu Dawei, os EUA aguardarão mais alguns dias. "Os chineses querem que tenhamos paciência e esperamos mais um pouco", disse ele.
A Coréia do Sul minimizou o descumprimento do prazo, dizendo que se trata de uma "questão técnica". "O que importa é a vontade política [de se desarmar]", disse o principal negociador sul-coreano, Chun Yung-woo, dizendo que Pyongyang deve cumprir o compromisso.
A única represália imediata que será sofrida por Pyongyang será a suspensão do envio de 50 mil toneladas de combustível, que seriam dadas em troca do fechamento do reator nuclear.
O carregamento seria a primeira parte do US$ 1 milhão em combustível prometido ao país.
Na quarta-feira (11), o Departamento de Estado americano admitiu que concluir o fechamento de Yongbyon dentro do prazo estipulado não seria tarefa fácil para o governo de Pyongyang. "Eu sei que haverá questões técnicas que podem impedir que isso seja feito com segurança", afirmou o porta-voz Sean McCormack.
"Nós veremos em que ponto estaremos no sábado. Mas acreditamos que todos devem se esforçar para cumprir o prazo de 60 dias", acrescentou, descartando a necessidade extensão do prazo. "Não há motivo para prolongar a questão agora. Nós [os EUA] não queremos estender a data", disse.
Recursos
Ontem, o governo norte-coreano voltou a exigir a liberação dos US$ 25 milhões congelados no Banco Delta Asia (BDA), em Macau, para iniciar seu desarmamento.
Os EUA afirmaram que autoridades de Macau desbloquearam os fundos, que ficaram congelados durante 19 meses e paralisaram a desnuclearização.
No entanto, uma instituição financeira iria "confirmar a informação", de acordo com o Ministério norte-coreano de Relações Exteriores.
Na quarta-feira (11), Pyongyang prometeu fechar Yongbyon 24 horas após ter acesso aos fundos congelados, e disse que permitiria também o retorno dos inspetores da AIEA ao país.
O país expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear norte-coreano.
Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.
Com agências internacionais
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