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20/04/2007
-
10h29
da Folha Online
Um provável segundo turno entre Ségolène Royal e Nicolas Sarkozy, os dois líderes da preferência dos eleitores para a Presidência francesa até o momento, está ameaçada por uma surpresa: a subida de François Bayrou, 55, nas pesquisas de opinião.
Bayrou chegou a alcançar a marca de 17% das intenções voto --apenas seis pontos percentuais atrás de Royal, a segunda colocada, com 23%. E não é só: várias pesquisas apontam que ele venceria tanto Royal quanto Sarkozy se chegar a disputar o segundo turno.
É uma grande reviravolta para quem, em 2002, alcançou menos de 7% dos votos.
Segundo uma pesquisa do Ipsos Mori para o "Parliamentary Monitor" divulgada no final de março, caso consiga vencer Royal e ficar em segundo lugar, 53% dos eleitores votariam em Bayrou se o segundo turno for disputado com Sarkozy.
Líder do partido UDF (União pela Democracia Francesa), suas raízes políticas são de centro-direita, mas ele se recusou a se unir ao partido UMD, de Jacques Chirac, que tem essa inclinação, votou contra o governo em questões-chave e hoje é de centro-esquerda.
Bayrou afirma querer fazer uma ponte entre a esquerda e a direita no país, e sua campanha aposta na formação de um governo de união na França. "Seja de direita ou esquerda, todos temos os mesmos problemas; vamos solucioná-los juntos", disse o candidato à rede BBC.
O discurso apaziguador vem conquistando adeptos desiludidos com a fragmentação da esquerda na França. Segundo Jean-Daniel Levy, especialista da empresa de pesquisas de opinião CSA, citado pela BBC, o sucesso recente de Bayrou se deve muito à "decepção" e ao "temor" com relação aos outros candidatos.
"Para a esquerda, há dúvidas quanto à competência de Sègoléne. E para os simpatizantes do UMP, Bayrou oferece uma alternativa mais igualitária e social do que Sarkozy", afirma Levy.
Bandeiras
A campanha de Bayrou, segundo ele, é baseada em propostas de "bom senso". Se eleito, quer tornar inconstitucional a apresentação de um Orçamento que leve ao déficit e encorajar a criação de empregos ao eximir de impostos dois cargos de cada pequeno negócio.
Outras propostas incluem permitir que pessoas acima dos 60 anos escolham datas para aposentadoria e reduzir o imposto sobre grandes fortunas, assim como subsídios para a agricultura que "estão assassinando países africanos", segundo o candidato.
Bayrou defende ainda que casais gays possam adotar crianças.
Sobre a União Européia (UE), ele afirmou que pretende renegociar a Constituição Européia e realizar outro referendo sobre a Carta.
Fazendeiro
Filho de um fazendeiro, Bayroy cresceu no sudoeste da França. Ele não freqüentou escolas de elite como seus principais adversários, tendo estudado literatura e trabalhado como professor, além de trabalhar na fazenda dos pais.
Sua estréia na política aconteceu no começo dos anos 1980, quando ele foi alçado de membro do UDF para trabalhar como ministro da Educação em governos de centro-direita entre 1993 e 1997.
Ainda hoje, porém, ele continua trabalhando durante alguns períodos em sua fazenda.
Bayrou vive atualmente em Borderes, uma vila pacata no sudoeste do país, onde cria cavalos de corrida. Católico praticante, ele se casou aos 20 anos e tem cinco filhos.
Com agências internacionais
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Um provável segundo turno entre Ségolène Royal e Nicolas Sarkozy, os dois líderes da preferência dos eleitores para a Presidência francesa até o momento, está ameaçada por uma surpresa: a subida de François Bayrou, 55, nas pesquisas de opinião.
Bayrou chegou a alcançar a marca de 17% das intenções voto --apenas seis pontos percentuais atrás de Royal, a segunda colocada, com 23%. E não é só: várias pesquisas apontam que ele venceria tanto Royal quanto Sarkozy se chegar a disputar o segundo turno.
É uma grande reviravolta para quem, em 2002, alcançou menos de 7% dos votos.
Bob Edme/AP |
Candidato centrista François Bayrou,terceiro nas pesquisas |
Líder do partido UDF (União pela Democracia Francesa), suas raízes políticas são de centro-direita, mas ele se recusou a se unir ao partido UMD, de Jacques Chirac, que tem essa inclinação, votou contra o governo em questões-chave e hoje é de centro-esquerda.
Bayrou afirma querer fazer uma ponte entre a esquerda e a direita no país, e sua campanha aposta na formação de um governo de união na França. "Seja de direita ou esquerda, todos temos os mesmos problemas; vamos solucioná-los juntos", disse o candidato à rede BBC.
O discurso apaziguador vem conquistando adeptos desiludidos com a fragmentação da esquerda na França. Segundo Jean-Daniel Levy, especialista da empresa de pesquisas de opinião CSA, citado pela BBC, o sucesso recente de Bayrou se deve muito à "decepção" e ao "temor" com relação aos outros candidatos.
"Para a esquerda, há dúvidas quanto à competência de Sègoléne. E para os simpatizantes do UMP, Bayrou oferece uma alternativa mais igualitária e social do que Sarkozy", afirma Levy.
Bandeiras
A campanha de Bayrou, segundo ele, é baseada em propostas de "bom senso". Se eleito, quer tornar inconstitucional a apresentação de um Orçamento que leve ao déficit e encorajar a criação de empregos ao eximir de impostos dois cargos de cada pequeno negócio.
Outras propostas incluem permitir que pessoas acima dos 60 anos escolham datas para aposentadoria e reduzir o imposto sobre grandes fortunas, assim como subsídios para a agricultura que "estão assassinando países africanos", segundo o candidato.
Bayrou defende ainda que casais gays possam adotar crianças.
Sobre a União Européia (UE), ele afirmou que pretende renegociar a Constituição Européia e realizar outro referendo sobre a Carta.
Fazendeiro
Filho de um fazendeiro, Bayroy cresceu no sudoeste da França. Ele não freqüentou escolas de elite como seus principais adversários, tendo estudado literatura e trabalhado como professor, além de trabalhar na fazenda dos pais.
Sua estréia na política aconteceu no começo dos anos 1980, quando ele foi alçado de membro do UDF para trabalhar como ministro da Educação em governos de centro-direita entre 1993 e 1997.
Ainda hoje, porém, ele continua trabalhando durante alguns períodos em sua fazenda.
Bayrou vive atualmente em Borderes, uma vila pacata no sudoeste do país, onde cria cavalos de corrida. Católico praticante, ele se casou aos 20 anos e tem cinco filhos.
Com agências internacionais
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