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23/04/2007 - 12h27

Ex-líder soviético Gorbatchov lamenta morte de Boris Ieltsin

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da Efe, em Moscou
da Folha Online

O ex-líder soviético Mikhail Gorbachov expressou nesta segunda-feira suas "profundas" condolências à família de Boris Ieltsin, 76, e reconheceu que o presidente russo teve "grandes méritos" e "também graves erros".

Gorbachov acrescentou em sua mensagem, divulgada pela agência de notícias russa Interfax, que Ieltsin "teve um destino trágico".

Primeiro presidente russo do período pós-comunismo, Ieltsin, que governou entre 1991 e 1999, morreu nesta segunda-feira aos 76 anos em Moscou.

Sua ascensão ao poder marcou o fim da ex-União Soviética (URSS). O porta-voz do Kremlin, Alexander Smirnov, confirmou a morte, mas não forneceu detalhes sobre as causas.

Alexander Zemlianichenko/AP
Boris Ieltsin, primeiro presidente russo da era pós-comunismo
Boris Ieltsin, primeiro presidente russo da era pós-comunismo
A agência russa de notícias Interfax, que cita fontes médicas, informa que ele morreu em decorrência de uma doença cardíaca.

Antecessor do atual presidente russo, Vladimir Putin, a quem ele havia designado como herdeiro político, Ieltsin ganhou popularidade durante seus oito anos de governo devido às suas promessas de combate à corrupção, sem conseguir, no entanto, manter o controle de grande parte de empresas estatais que foram progressivamente privatizadas.

Primeiro líder russo eleito democraticamente, durante seu mandato, a Rússia sofreu com problemas como o desemprego e a inflação. Ieltsin também levou o país a um conflito contra rebeldes separatistas na Tchetchênia, que culminou a expulsão dos russos.

Ele sofria de problemas cardíacos e renunciou à Presidência em 1999, vários meses antes do fim oficial de seu mandato. Putin, que era seu primeiro-ministro, tornou-se presidente em exercício e foi eleito democraticamente para o cargo em 2000.

Crise

A morte de Ieltsin ocorre em um momento em que a Rússia passa por um período de crise.

Na semana passada, centenas de manifestantes foram detidos em vários protestos em Moscou e São Petersburgo contra Putin, a quem a oposição acusa de "sufocar a democracia".

Os confrontos nas duas principais cidades russas podem ser o prenúncio de um longo período de tensão entre autoridades russas e a oposição, com a proximidade de eleições parlamentares e presidenciais.

Em um dos protestos, a polícia deteve o ex-campeão de xadrez Garry Kasparov, 44, que hoje é um dos líderes da coalizão Outra Rússia, uma das organizadoras dos protestos.

Sobre a ação violenta da polícia, que chocou os manifestantes, ele afirmou que o governo "mostrou que já não respeita a imprensa mundial, a opinião pública ou mesmo as leis russas".

"Agora [a Rússia] é um país em algum lugar entre Belarus e o Zimbábue, duas ditaduras que acabaram com os movimentos de oposição", disse ele.

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