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23/04/2007
-
16h52
da France Presse, em Moscou
O presidente russo Boris Nikolaievitch Ieltsin, morto nesta segunda-feira aos 76 anos em Moscou, nasceu em 1º de fevereiro de 1931 em Boutka, cidade da região de Sverdlovsk (Urais), em uma família de camponeses.
Formado em engenharia, iniciou sua vida política em 1968 em Sverdlovsk, tornando-se encarregado do escritório local do Partido Comunista soviético (PCUS). Veja os principais pontos de sua carreira política:
24 de dezembro de 1985: Promovido pelo líder soviético Mikhail Gorbachov, Ieltsin é nomeado primeiro-secretário do Partido Comunista de Moscou.
fevereiro de 1986:Ieltsin é indicado candidato a membro do "Politburo" (comitê executivo do Partido Comunista) e ingressa no "Presidium" (comitê administrativo) do Soviet Supremo (Parlamento) da União Soviética.
11 de novembro de 1987: Ieltsin é demitido de seu cargo de primeiro-secretário do PC de Moscou após fazer críticas a Gorbachov
17 de fevereiro de 1988: Ieltsin é dispensado como candidato a membro do "Politburo" e perde seu status ministerial em maio seguinte.
26 de março de 1989: Ieltsin volta à vida política, ao conquistar uma cadeira no Parlamento soviético, com 89,4% dos votos, tornando-se líder efetivo da 'oposição democrática'.
12 de junho de 1990: Ieltsin é eleito presidente do Parlamento.
12 de julho de 1990: Ieltsin renuncia ao Partido Comunista durante seu 28º Congresso.
12 de junho de 1991: Ieltsin é eleito presidente da Federação Russa com 57,4% de votação popular.
agosto de 1991: depois de uma tentativa de golpe de Estado, orquestrado pela linha-dura comunista contra Gorbachov, Ieltsin lidera a resistência popular da sede do Parlamento.
6 de novembro de 1991: Ieltsin decreta a dissolução do Partido Comunista no território russo.
8 de dezembro de 1991: Ieltsin e os presidentes da Ucrânia e da Bielo-rússia proclamam a dissolução da União Soviética.
janeiro de 1992: depois da renúncia de Gorbachov, Ieltsin lança um programa ambicioso de reformas de mercado, promovendo controles de preços e privatizando setores chave da economia.
21 de setembro de 1993: Ieltsin dissolve o Parlamento russo inconstitucionalmente, provocando uma rebelião de deputados da oposição.
outubro de 1993: Ieltsin ordena que tanques bombardeiem o prédio do Parlamento, onde os deputados estavam refugiados.
12 de dezembro de 1993: um referendo aprova a nova Constituição russa. Eleições são celebradas para eleger um novo Parlamento.
11 de dezembro de 1994: Ieltsin ordena que as tropas russas entrem na república separatista da Tchetchênia (sul), dando origem a um conflito de 18 meses que deixará dezenas de milhares de mortos.
julho e outubro de 1995: Ieltsin sofre dois ataques cardíacos, que exigem que ele se ausente por longos períodos do Kremlin.
27 de junho de 1996: dias antes do segundo turno das eleições presidenciais, Ieltsin sofre outro ataque cardíaco. Porta-vozes do Kremlin dizem apenas que ele 'perdeu a voz'.
3 de julho de 1996: Ieltsin é reeleito presidente com 53,8% dos votos.
5 de novembro de 1996: Ieltsin se submete a uma cirurgia para colocação de cinco pontes de safena. A operação dura sete horas.
27 de maio de 1997: Ieltsin viaja a Paris para assinar um tratado com países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), no qual a Rússia aceita, relutante, a ampliação da Aliança Atlântica para o leste.
9 de outubro de 1997: Ieltsin anuncia que não disputará um novo mandato.
17 de julho de 1998: visivelmente abatido, Ieltsin participa das cerimônias de sepultamento dos restos mortais de Nicolau 2º, o último czar russo, e de sua família em São Petersburgo.
agosto de 1998: a Rússia mergulha na crise financeira, depois de uma desvalorização maciça do rublo. Ieltsin sofre uma nova onda de impopularidade com a intensificação da queda do padrão de vida da população e de novas denúncias de corrupção no governo.
9 de agosto de 1999: Ieltsin indica o chefe dos serviços de segurança russos, Vladimir Putin, como primeiro-ministro, afirmando que vê Putin como seu sucessor.
23 de setembro de 1999: caças russos bombardeiam a capital tchetchena, Grozny, pela primeira vez desde o fim da primeira guerra contra a Tchetchênia, em 1996, iniciando um novo conflito armado.
31 de dezembro de 1999: Ieltsin renuncia antes do fim de seu mandato presidencial.
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O presidente russo Boris Nikolaievitch Ieltsin, morto nesta segunda-feira aos 76 anos em Moscou, nasceu em 1º de fevereiro de 1931 em Boutka, cidade da região de Sverdlovsk (Urais), em uma família de camponeses.
Formado em engenharia, iniciou sua vida política em 1968 em Sverdlovsk, tornando-se encarregado do escritório local do Partido Comunista soviético (PCUS). Veja os principais pontos de sua carreira política:
24 de dezembro de 1985: Promovido pelo líder soviético Mikhail Gorbachov, Ieltsin é nomeado primeiro-secretário do Partido Comunista de Moscou.
fevereiro de 1986:Ieltsin é indicado candidato a membro do "Politburo" (comitê executivo do Partido Comunista) e ingressa no "Presidium" (comitê administrativo) do Soviet Supremo (Parlamento) da União Soviética.
11 de novembro de 1987: Ieltsin é demitido de seu cargo de primeiro-secretário do PC de Moscou após fazer críticas a Gorbachov
17 de fevereiro de 1988: Ieltsin é dispensado como candidato a membro do "Politburo" e perde seu status ministerial em maio seguinte.
26 de março de 1989: Ieltsin volta à vida política, ao conquistar uma cadeira no Parlamento soviético, com 89,4% dos votos, tornando-se líder efetivo da 'oposição democrática'.
12 de junho de 1990: Ieltsin é eleito presidente do Parlamento.
12 de julho de 1990: Ieltsin renuncia ao Partido Comunista durante seu 28º Congresso.
12 de junho de 1991: Ieltsin é eleito presidente da Federação Russa com 57,4% de votação popular.
agosto de 1991: depois de uma tentativa de golpe de Estado, orquestrado pela linha-dura comunista contra Gorbachov, Ieltsin lidera a resistência popular da sede do Parlamento.
6 de novembro de 1991: Ieltsin decreta a dissolução do Partido Comunista no território russo.
8 de dezembro de 1991: Ieltsin e os presidentes da Ucrânia e da Bielo-rússia proclamam a dissolução da União Soviética.
janeiro de 1992: depois da renúncia de Gorbachov, Ieltsin lança um programa ambicioso de reformas de mercado, promovendo controles de preços e privatizando setores chave da economia.
21 de setembro de 1993: Ieltsin dissolve o Parlamento russo inconstitucionalmente, provocando uma rebelião de deputados da oposição.
outubro de 1993: Ieltsin ordena que tanques bombardeiem o prédio do Parlamento, onde os deputados estavam refugiados.
12 de dezembro de 1993: um referendo aprova a nova Constituição russa. Eleições são celebradas para eleger um novo Parlamento.
11 de dezembro de 1994: Ieltsin ordena que as tropas russas entrem na república separatista da Tchetchênia (sul), dando origem a um conflito de 18 meses que deixará dezenas de milhares de mortos.
julho e outubro de 1995: Ieltsin sofre dois ataques cardíacos, que exigem que ele se ausente por longos períodos do Kremlin.
27 de junho de 1996: dias antes do segundo turno das eleições presidenciais, Ieltsin sofre outro ataque cardíaco. Porta-vozes do Kremlin dizem apenas que ele 'perdeu a voz'.
3 de julho de 1996: Ieltsin é reeleito presidente com 53,8% dos votos.
5 de novembro de 1996: Ieltsin se submete a uma cirurgia para colocação de cinco pontes de safena. A operação dura sete horas.
27 de maio de 1997: Ieltsin viaja a Paris para assinar um tratado com países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), no qual a Rússia aceita, relutante, a ampliação da Aliança Atlântica para o leste.
9 de outubro de 1997: Ieltsin anuncia que não disputará um novo mandato.
17 de julho de 1998: visivelmente abatido, Ieltsin participa das cerimônias de sepultamento dos restos mortais de Nicolau 2º, o último czar russo, e de sua família em São Petersburgo.
agosto de 1998: a Rússia mergulha na crise financeira, depois de uma desvalorização maciça do rublo. Ieltsin sofre uma nova onda de impopularidade com a intensificação da queda do padrão de vida da população e de novas denúncias de corrupção no governo.
9 de agosto de 1999: Ieltsin indica o chefe dos serviços de segurança russos, Vladimir Putin, como primeiro-ministro, afirmando que vê Putin como seu sucessor.
23 de setembro de 1999: caças russos bombardeiam a capital tchetchena, Grozny, pela primeira vez desde o fim da primeira guerra contra a Tchetchênia, em 1996, iniciando um novo conflito armado.
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