Publicidade
Publicidade
23/04/2007
-
19h05
da Efe, em Washington
Relatos de dor, minutos de silêncio e 32 badaladas em memória das vítimas do pior massacre da história estudantil dos Estados Unidos marcaram nesta segunda-feira o retorno às aulas na universidade Virginia Tech (Instituto Tecnológico da Virgínia).
Embora as autoridades ainda não saibam quantos estudantes decidirão terminar o semestre acadêmico, uma semana depois da tragédia milhares deles retornaram ao campus para homenagear os companheiros e professores mortos.
Exatamente há uma semana, Cho Seung-hui, 23, um estudante sul-coreano, mudou o ritmo de vida tranqüilo da universidade usando duas pistolas semi-automáticas para matar 32 pessoas antes de cometer suicídio no campus.
Solenidades
As solenidades que lembraram o massacre começaram bem cedo. O primeiro minuto de silêncio ocorreu às 7h10 no edifício do dormitório onde Cho matou as duas primeiras vítimas: Ryan Clark e Emily Hilscher.
Pouco mais de duas horas depois, as pessoas se concentraram no campus central da universidade, onde os estudantes deixaram durante a semana milhares de lembranças, flores, velas e escritos em memória das vítimas.
Entre os objetos, havia uma bandeira do Peru e outra de Israel, uma referência a duas vítimas: o estudante peruano Daniel Pérez Cuevas e o professor Liviu Librescu, que usou o próprio corpo para bloquear a entrada do atirador na sua sala, salvando a vida de vários alunos, de acordo com testemunhas.
Os estudantes levaram 33 bandeiras brancas que representavam as vítimas e o agressor.
Uma pequena banda de música interpretou o hino "America the Beautiful" perto do local onde foi instalado um semicírculo com 33 pedras em memória dos mortos.
Mensagem
Junto à pedra que representava Cho, alguém colocou uma carta onde se lia que o jovem "subestimou nossa força, coragem e compaixão" e que o sul-coreano "despedaçou nossos corações, mas não nossos espíritos".
Este é o resumo do sentimento que impera na universidade, decidida a superar o grande trauma.
"Temos que seguir adiante", afirma o "Collegiate Times", jornal universitário que teve um papel fundamental na ajuda aos estudantes e depois da tragédia, prestando informações.
A palavra de ordem é clara: "Vamos, Hokies!", como são chamados os alunos da Virginia Tech. Alunos, familiares e professores escutaram as 32 badaladas que ressoaram, uma para cada vítima do estudante.
Após a solenidade, os estudantes soltaram 32 balões brancos no céu e outros mil das cores laranja e marrom, o emblema da universidade.
Muitos estudantes não conseguiram conter as lágrimas e disseram à imprensa local que ainda não sabem se voltarão à universidade ou se darão as aulas por encerradas, duas semanas antes do previsto.
Retorno
As autoridades da Virginia Tech permitirão que os alunos que não quiserem retornar à universidade agora repitam o semestre sem serem penalizados ou fiquem com as notas atuais, concluindo o período. Para quem resolver voltar, a universidade preparou psicólogos para ajudá-los a superar o trauma.
Estão sendo realizados vários tipos de tratamentos criativos, como por exemplo o da Cruz Vermelha que levou dezenas de cães treinados para serem carinhosos e que farão companhia aos alunos.
A intenção é oferecer aos estudantes um ambiente de calma e paz.
Leia mais
Governador da Virgínia declara dia de luto por massacre
Parentes e alunos fazem luto por mortos em massacre na Virgínia
Comentário: Tragédia nos EUA traz à tona questão de liberdade e porte de arma
Atirador comprou arma por US$ 571; Coréia do Sul teme retaliação
Para "New York Times", controle de armas é necessidade urgente
Especial
Enquete: O que pode ajudar a prevenir ataques dentro de universidades nos EUA?
Leia a cobertura completa sobre o massacre na Virgínia
Solenidades marcam retorno das atividades na Virginia Tech
Publicidade
Relatos de dor, minutos de silêncio e 32 badaladas em memória das vítimas do pior massacre da história estudantil dos Estados Unidos marcaram nesta segunda-feira o retorno às aulas na universidade Virginia Tech (Instituto Tecnológico da Virgínia).
Embora as autoridades ainda não saibam quantos estudantes decidirão terminar o semestre acadêmico, uma semana depois da tragédia milhares deles retornaram ao campus para homenagear os companheiros e professores mortos.
Exatamente há uma semana, Cho Seung-hui, 23, um estudante sul-coreano, mudou o ritmo de vida tranqüilo da universidade usando duas pistolas semi-automáticas para matar 32 pessoas antes de cometer suicídio no campus.
Solenidades
As solenidades que lembraram o massacre começaram bem cedo. O primeiro minuto de silêncio ocorreu às 7h10 no edifício do dormitório onde Cho matou as duas primeiras vítimas: Ryan Clark e Emily Hilscher.
Shannon Stapleton/Reuters |
Bandeiras e flores são deixadas em campus em memorial em homenagem a vítimas |
Entre os objetos, havia uma bandeira do Peru e outra de Israel, uma referência a duas vítimas: o estudante peruano Daniel Pérez Cuevas e o professor Liviu Librescu, que usou o próprio corpo para bloquear a entrada do atirador na sua sala, salvando a vida de vários alunos, de acordo com testemunhas.
Os estudantes levaram 33 bandeiras brancas que representavam as vítimas e o agressor.
Uma pequena banda de música interpretou o hino "America the Beautiful" perto do local onde foi instalado um semicírculo com 33 pedras em memória dos mortos.
Mensagem
Junto à pedra que representava Cho, alguém colocou uma carta onde se lia que o jovem "subestimou nossa força, coragem e compaixão" e que o sul-coreano "despedaçou nossos corações, mas não nossos espíritos".
Reuters |
O atirador Cho Seung-hui, 23, estudava inglês na Virginia Tech |
"Temos que seguir adiante", afirma o "Collegiate Times", jornal universitário que teve um papel fundamental na ajuda aos estudantes e depois da tragédia, prestando informações.
A palavra de ordem é clara: "Vamos, Hokies!", como são chamados os alunos da Virginia Tech. Alunos, familiares e professores escutaram as 32 badaladas que ressoaram, uma para cada vítima do estudante.
Após a solenidade, os estudantes soltaram 32 balões brancos no céu e outros mil das cores laranja e marrom, o emblema da universidade.
Muitos estudantes não conseguiram conter as lágrimas e disseram à imprensa local que ainda não sabem se voltarão à universidade ou se darão as aulas por encerradas, duas semanas antes do previsto.
Retorno
As autoridades da Virginia Tech permitirão que os alunos que não quiserem retornar à universidade agora repitam o semestre sem serem penalizados ou fiquem com as notas atuais, concluindo o período. Para quem resolver voltar, a universidade preparou psicólogos para ajudá-los a superar o trauma.
Estão sendo realizados vários tipos de tratamentos criativos, como por exemplo o da Cruz Vermelha que levou dezenas de cães treinados para serem carinhosos e que farão companhia aos alunos.
A intenção é oferecer aos estudantes um ambiente de calma e paz.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice