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23/04/2007 - 20h37

Lula envia mensagem à Rússia por morte de Boris Ieltsin

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da Folha Online

Em meio à reações de líderes de todo o mundo, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enviou nesta segunda-feira ao Kremlin uma mensagem de condolências pela morte do presidente Boris Ieltsin, 76. Ieltsin morreu às 15h45 (8h45 de Brasília) no Hospital Clínico Central de Moscou por causa de uma progressiva insuficiência cardiovascular, segundo seus médicos.

Alexander Zemlianichenko/AP
Boris Ieltsin, primeiro presidente russo da era pós-comunismo
Boris Ieltsin, primeiro presidente russo da era pós-comunismo
"Recebi, com pesar, a notícia do falecimento do Presidente Boris Ieltsin. Peço-lhe aceitar minhas mais sinceras condolências pela perda do líder que conduziu os destinos da Rússia em momento de grande importância histórica. Transmito também, em nome do governo e do povo brasileiros, a nossa solidariedade à família do Presidente Ieltsin", diz o texto da mensagem de Lula, publicado na página da internet do Itamaraty.

Na Rússia, o atual presidente, Vladimir Putin, também emitiu mensagens sobre a morte do líder. "Ele foi o primeiro presidente da Rússia. Com esse título ele entra para sempre na história do país e de todo o mundo", afirmou Putin.

"Graças a ele toda uma era nasceu. A nova Rússia democrática nasceu, um Estado livre e aberto para o mundo. Um Estado no qual o poder verdadeiramente pertence ao povo", acrescentou o presidente.

O ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbatchev também expressou seu pesar pela morte de Ieltsin. "Expresso minhas mais profundas condolências à família do morto, nos ombros de quem recaem grandes méritos e sérios erros no país. Um destino trágico", afirmou.

Pelo mundo

Além da nota de Lula, o país recebeu mensagens de apoio e homenagem a Ieltsin por parte de inúmeros líderes mundiais.

O ex-presidente americano Bill Clinton, que se encontrou com Ieltsin mais de 15 vezes como presidente dos EUA durante a retomada das relações com a Rússia na era pós-Guerra Fria, classificou o presidente russo como "corajoso e firme nas grandes questões --paz, liberdade e progresso". "Ele arriscou sua vida para evitar um golpe, e depois levou a Rússia adiante através de dificuldades econômicas e crises políticas", completou.

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse estar "profundamente entristecido' e afirmou que Ieltsin foi "uma figura histórica que serviu a seu país em um momento de grandes mudanças, desempenhou um papel-chave quando a União Soviética se dissolveu, ajudou a desenvolver a liberdade na Rússia e se converteu no primeiro líder eleito democraticamente na história deste país'.

Bush lembrou os esforços do presidente russo para 'criar uma sólida relação entre a Rússia e os Estados Unidos', no que foi acompanhado pelo secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates. Em visita a Moscou, Gates se referiu a Ieltsin como 'uma figura memorável da história moderna', que 'desempenhou um importante papel na transição da Rússia para a democracia'.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, falou sobre o papel de Ieltsin no fim da divisão da era da Guerra Fria, abrindo a Rússia para o resto da Europa. 'Ieltsin será lembrado por sua participação crítica no avanço das reformas políticas e econômicas da Rússia, assim como por fomentar a reaproximação entre o Oriente e o Ocidente', disse Ban, citado por uma porta-voz.

Outras reações

"Ele representa uma época do país", afirmou o embaixador russo para a Ucrânia, Viktor Chernomyrdin, que foi um primeiro-ministro durante o mandato de Ieltsin. Ele disse que conversou pela última vez com o líder russo em 9 de abril, quando Ieltsin telefonou para lhe desejar um feliz aniversário.

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, também lamentou a morte do presidente russo, que considerou uma "referência-chave" no pós-comunismo. "Enquanto presidente, ele enfrentou enormes desafios e mandatos difíceis, mas conseguiu aproximar o Leste e o Ocidente e ajudou a substituir o confronto pela cooperação", disse Barroso.

"Ele podia ser mal-humorado e introspectivo, mas uma vez que era seu amigo, era amigo para sempre", declarou o ex-premiê britânico John Major à rede britânica de informação BBC.

"Boris Ieltsin foi uma grande personalidade da política russa e internacional, um corajoso defensor da democracia e da liberdade e um amigo verdadeiro da Alemanha. Sua contribuição para o desenvolvimento das relações entre os dois países não será esquecido", afirmou nesta segunda-feira a chanceler alemã, Angela Merkel.

O ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, chamou Ieltsin de um dos "maiores homens de nossos tempos".

O ex-presidente da Ucrânia, Leonid Kravchuk, que encontrou Ieltsin em janeiro durante um torneio de tênis, disse estar surpreso com a morte. "Ele parecia estar tão saudável", afirmou Kravchuk. "Sua morte foi um grande choque para mim".

Com Reuters e France Presse

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