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23/04/2007
-
21h22
da France Presse, em Moscou
da Folha Online
Uma imagem de Boris Ieltsin, 76 que morreu em Moscou nesta segunda-feira, marcará para sempre os russos: seu presidente, em cima de um tanque de guerra, discursando para milhares de pessoas, em 19 de agosto de 1991, na frente do Parlamento, para barrar o caminho dos "golpistas" comunistas.
Mais cedo naquele dia, a imprensa oficial --então soviética-- anunciou que o presidente Mikhail Gorbatchev, de descanso em sua residência na península da Criméia, à beira do Mar Negro, estava "doente" e incapaz de governar o país.
Os soviéticos tomam conhecimento que o poder foi passado a um certo Comitê de Estado para o estado de emergência na URSS (GKTCHP) e que um toque de recolher foi decretado na capital russa. Os golpistas enviam blindados e tropas para Moscou.
Em meio a tudo isso, já de manhã os moscovitas tinham começado a se dirigir para a praça na frente da sede do Parlamento da Federação russa, então presidido por Boris Ieltsin. Este declara que a Federação da Rússia não se sujeitaria às ordens dos golpistas comunistas.
No final da manhã, Boris Ieltsin desce a escada central do Parlamento e se aproxima de um tanque que tentava intimidar a oposição. Após uma breve discussão com os ocupantes, ele escala o blindado com seus soldados e lê sua mensagem "Aos cidadãos da Rússia".
No texto, ele qualifica de ilegais todas as decisões dos golpistas, convoca uma greve ilimitada e exige uma avaliação médica independente para o presidente Gorbatchev.
Espontaneamente, a multidão começa a erguer barricadas, usando grades e bancos de um parque próximo. Os manifestantes, entre eles muitos jovens, passam duas noites inteiras em vigília na Praça do Parlamento, para proteger a sede do Poder Legislativo até o fim.
Em 21 de agosto, os golpistas decidem retirar o Exército e vão à Criméia negociar com Gorbatchev. Ieltsin envia um grupo de seus fiéis seguidores ao local. O golpe é abortado.
Ieltsin, que morreu nesta segunda-feira de insuficiência cardíaca, será enterrado na próxima quarta-feira (25) no notório cemitério Novodevichy, onde estão enterrados grandes líderes da ex-União Soviética, como Nikita Khrushchev e Anton Chekhov. No mesmo dia, o país fará luto em homenagem ao líder morto.
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da Folha Online
Uma imagem de Boris Ieltsin, 76 que morreu em Moscou nesta segunda-feira, marcará para sempre os russos: seu presidente, em cima de um tanque de guerra, discursando para milhares de pessoas, em 19 de agosto de 1991, na frente do Parlamento, para barrar o caminho dos "golpistas" comunistas.
Mais cedo naquele dia, a imprensa oficial --então soviética-- anunciou que o presidente Mikhail Gorbatchev, de descanso em sua residência na península da Criméia, à beira do Mar Negro, estava "doente" e incapaz de governar o país.
arquivo/AP |
Boris Ieltsin (esquerda) sobe em tanque para discursar contra golpe na Rússia |
Em meio a tudo isso, já de manhã os moscovitas tinham começado a se dirigir para a praça na frente da sede do Parlamento da Federação russa, então presidido por Boris Ieltsin. Este declara que a Federação da Rússia não se sujeitaria às ordens dos golpistas comunistas.
No final da manhã, Boris Ieltsin desce a escada central do Parlamento e se aproxima de um tanque que tentava intimidar a oposição. Após uma breve discussão com os ocupantes, ele escala o blindado com seus soldados e lê sua mensagem "Aos cidadãos da Rússia".
No texto, ele qualifica de ilegais todas as decisões dos golpistas, convoca uma greve ilimitada e exige uma avaliação médica independente para o presidente Gorbatchev.
Espontaneamente, a multidão começa a erguer barricadas, usando grades e bancos de um parque próximo. Os manifestantes, entre eles muitos jovens, passam duas noites inteiras em vigília na Praça do Parlamento, para proteger a sede do Poder Legislativo até o fim.
Em 21 de agosto, os golpistas decidem retirar o Exército e vão à Criméia negociar com Gorbatchev. Ieltsin envia um grupo de seus fiéis seguidores ao local. O golpe é abortado.
Ieltsin, que morreu nesta segunda-feira de insuficiência cardíaca, será enterrado na próxima quarta-feira (25) no notório cemitério Novodevichy, onde estão enterrados grandes líderes da ex-União Soviética, como Nikita Khrushchev e Anton Chekhov. No mesmo dia, o país fará luto em homenagem ao líder morto.
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