23/04/2007 - 22h07

Países bálticos agradecem a Ieltsin por independência

da Efe

Dirigentes da Lituânia, Letônia e Estônia destacaram o papel exercido pelo ex-presidente russo Boris Ieltsin, que morreu hoje em Moscou aos 76 anos, no restabelecimento de suas respectivas independências.

"O período do governo de Ieltsin foi o mais liberal da história moderna da Rússia", declarou o primeiro-ministro da Lituânia, Gediminas Kirkilas.

Miguel Villagran/Efe

Boris Ieltsin, que morreu hoje, foi o primeiro presidente russo da era pós-URSS

"Lituânia e Rússia assinaram tratados fundamentais, que assentaram as bases de suas relações, incluindo o crucial acordo sobre a retirada do Exército russo, que Ieltsin cumpriu com todo rigor", indicou Kirkilas.

Algirdas Brazauskas, que foi presidente da Lituânia entre 1993 e 1998, destacou os méritos de Ieltsin na luta contra o onipotente Partido Comunista soviético, e seu apoio ao restabelecimento da independência da Lituânia.

Ele também lembrou que o tratado de delimitação das fronteiras entre Lituânia e Rússia, que assinou com Ieltsin em 1997, foi o primeiro entre dois Estados pertencentes à antiga União Soviética.

"Lembro com agradecimento o papel de Ieltsin no restabelecimento da independência da Estônia, em 1991, e sua contribuição para a retirada do Exército russo, em 1994", afirmou o presidente estoniano, Toomas Hendrik Ilves.

"Ieltsin teve um papel de peso no nascimento da nova Rússia, com grande contribuição às transformações democráticas na Europa nas décadas de 1980 e 1990", afirmou Ilves.

"Boris Ieltsin não tardou em reconhecer a independência da Letônia e dos demais países bálticos. Foi um político capaz de tomar decisões em momentos cruciais da história", afirmou o chefe da diplomacia da Letônia, Artis Pabriks.

Ieltsin, que morreu nesta segunda-feira de insuficiência cardíaca, será enterrado na próxima quarta-feira (25) no notório cemitério Novodevichy, onde estão enterrados grandes líderes da ex-União Soviética, como Nikita Khrushchev e Anton Chekhov. No mesmo dia, o país fará luto em homenagem ao líder morto.

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