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25/04/2007 - 16h32

Autor de massacre na Virgínia disparou mais de 170 tiros em ataque

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da Folha Online
da Associated Press

Cho Seung-hui, estudante que matou 32 pessoas antes de cometer suicídio no campus do Instituto Tecnológico da Virgínia (Virginia Tech) no dia 16 de abril, disparou mais de 170 vezes durante os nove minutos de duração do ataque no prédio da engenharia da universidade. A informação, que detalha o pior massacre em um campus universitário dos Estados Unidos na história, foi fornecida pelas autoridades que investigam o caso nesta quarta-feira.

arquivo/AP
Imagem enviada pelo atirador à NBC mostra Cho apontando arma de fogo para câmera
Imagem enviada pelo atirador à NBC mostra Cho apontando arma de fogo para câmera
Os detalhes foram fornecidos pela polícia em uma entrevista coletiva no campus da Virgínia Tech. O fator que levou Cho a realizar o massacre, porém, continua um mistério. "Discutimos possíveis motivos e teorias, mas não temos nenhuma prova que sugere a razão", disse o superintendente da polícia estadual, coronel Steven Flaherty.

Ele informou que, apenas no prédio da engenharia (Norris Hall), os policiais haviam coletado mais de 500 provas físicas do massacre. Cerca de duas horas antes de efetuar o ataque no Norris Hall, Cho já havia matado dois estudantes em um dormitório da universidade.

Arquivos de computador, registros de telefones celulares e e-mails analisados não forneceram provas significativas sobre os motivos dos ataques da última semana.

"É frustrante porque há envolvimento pessoal. Vemos as famílias e as comunidades sofrendo, e sabemos que eles querem respostas", disse o superintendente.

Retorno

Os ataques de Cho, que ocorreram em lados opostos do campus, tiveram início às 7h15 (8h15 de Brasília) em West Ambler Johnston Hall, residência estudantil que abriga ao menos 895 pessoas. Emily Hilscher e Ryan Clark morreram. Duas horas depois, Norris Hall, edifício da engenharia, foi alvo de outro ataque a tiros. Outras 30 pessoas morreram, na maioria estudantes.

O autor do massacre, o sul-coreano Cho, 23, que era estudante de inglês, se suicidou em seguida, usou duas armas --uma pistola Glock 9 milímetros e outra arma calibre 22 no massacre. A polícia também encontrou facas com o estudante.

Alunos da universidade começaram nesta segunda-feira a retomar suas atividades e a voltar às aulas. Apesar de terem a opção de permanecerem em casa até o final do semestre, muitos estudantes preferiram retornar à universidade para reunirem-se com os colegas.

Sem resposta

Flaherty também não soube esclarecer uma das questões mais intrigantes do massacre: porque Cho começou os ataques no dormitório West Ambler Johnston, e porque a estudante Emily Hilscher, 18, foi a primeira vítima. Também não foi possível esclarecer se o assassino escolheu algumas de suas vítimas ou se atirou a esmo. As autoridades não estabeleceram laços próximos entre Cho e nenhum dos mortos, segundo Flaherty.

17.abr.2007/AP
Alunos fazem vigília em homenagem a 32 mortos em ataques em universidade
Alunos fazem vigília em homenagem a 32 mortos em ataques em universidade
A polícia fez uma busca pelos e-mails e registros telefônicos de Hilscher para tentar encontrar pistas. Apesar de não ter revelado exatamente o que foi encontrado na busca, Flaherty disse que nem os registros de Emily nem de Cho revelaram qualquer conexão.

O superintendente alertou que podem se passar meses antes que a investigações seja finalizada. Ele afirmou que com a análise das provas coletadas o ritmo seria mais lento a partir de agora.

Também não foram encontrados laços entre Cho e Ryan Clark, 22, que foi o segundo a ser morto no West Ambler Johnston. Ele era supervisor do hall. O motivo que levou Cho, um estudante de inglês, a escolher o prédio da engenharia para realizar seu pior ataque é outra questão ainda sem resposta.

Às dificuldades da investigação se acrescenta o fato de que nem a família de Cho parecer conhecer o assassino intimamente. "O que mais me surpreende", disse Flaherty, "é o fato de um jovem de 23 anos que já estava aqui há algum tempo não conhecer praticamente ninguém".

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