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29/04/2007 - 09h32

Centenas de milhares protestam contra governo e por laicismo na Turquia

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da Folha Online

Cerca de 300 mil manifestantes tomaram as ruas de Istambul para protestar e pedir a renúncia do governo pró-islâmico moderado, que entrou em choque político com o Exército --de orientação secular-- num momento em que o país está à beira de uma nova eleição presidencial.

O islâmico Abdullah Gul, ministro das Relações Exteriores e candidato presidencial, já anunciou neste domingo que não vai retirar sua postulação, apesar da advertência do Exército, que acusa o governo de questionar os princípios laicos da Turquia. "Está fora de lugar eu retirar minha candidatura", afirmou o ministro, em declaração às TV locais.

Ainda no domingo, centenas de milhares participaram de uma manifestação, convocada por 600 ONGs, em favor do laicismo e da democracia. "A Turquia é laica e continuará sendo", gritavam manifestantes, que carregavam a bandeira turca e retratos do fundador da Turquia modera, Mustafah Kemal Ataturk, na praça Caglayan, na parte européia da cidade.

Agências internacionais citavam pelos 300 mil participantes na manifestação de hoje. No último dia 14, um protesto com a mesma orientação política reuniu entre 500 mil e 1,5 milhão de pessoas na capital Ancara. Segundo analistas políticos, essa manifestação do dia 14 contribuiu para a decisão do primeiro-ministro, Recep Tayyid Erdogan, de renunciar à sua candidatura presidencial.

"A Turquia é secular e vai permanecer secular", gritavam manifestantes, muitos dos quais viajaram através do país para participar da manifestação em Istambul. Os participantes cantavam hinos nacionalistas e pediram a renúncia do governo, chamando o primeiro-ministro Erdogan de traidor.

"O governo é o inimigo de Ataturk. Eles querem arrastar a Turquia para a obscuridade", disse Ahmet Yurdakul, um funcionário público aposentado, invocando a memória de Mustafah Kemal Ataturk.

A segunda grande demonstração antigoverno em duas semanas acompanha à escalada de tensões entre o o governo pró-islâmico e o Exército, de orientação secular, que acusa o primeiro-ministro de tolerar atividades de grupos radicais islâmicos.

Com Associated Press e France Presse

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