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29/04/2007 - 17h23

Sarkozy promete ser presidente do povo durante comício em Paris

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da France Presse, em Paris

O candidato da direita à eleição presidencial na França, Nicolas Sarkozy, provocou a esquerda e se definiu como o "porta-voz do povo" neste domingo, antes do debate da próxima quarta-feira com a socialista Ségolène Royal, que tenta seduzir os eleitores centristas.

"A vitória será linda porque será de vocês", proclamou o candidato em tom otimista e unificador, falando a cerca de 40 mil pessoas reunidas em seu comício, em Paris.

"Os socialistas têm alergia a Sarkozy porque sua energia e sua tenacidade os incomoda", afirmou Marie Therese Rahnema, uma professora parisiense presente ao ato político.

Durante um comício, em seu acalorado discurso interrompido várias vezes por gritos populares de "Sarkozy presidente", o candidato conservador enfatizou que será o presidente de todos os franceses e denunciou os "herdeiros do movimento social de maio de 1968" e a esquerda que "deixou de representar os trabalhadores."

Sob os aplausos de seus partidários, ele afirmou querer ser um "porta-voz do povo" e prometeu que "não os trairá."

Para conter a tentativa de Royal de se aproximar dos eleitores de François Bayrou, que chegou em terceiro lugar no primeiro turno, Sarkozy estendeu a mão aos centristas, "cujas idéias são tão próximas das nossas."

Os franceses ainda têm oito dias para "criar as condições de uma imensa união" e construir o país "mais próspero do mundo", clamou Sarkozy diante de uma multidão estimada por seu partido em 20 mil pessoas, além de outros 20 mil que acompanhavam a reunião em telões colocados fora do recinto.

O Partido Socialista, por sua vez, denunciou "o eterno discurso de ódio e de divisão" de Sarkozy.

Debate

O candidato da direita afirmou neste domingo que debaterá no dia 2 de maio com Ségolène Royal "com respeito e com firmeza". Já a socialista previu um "enfrentamento" e pediu a Sarkozy que não apele para a "vitimização".

Questionado sobre este debate muito esperado entre os dois finalistas do segundo turno, previsto para o dia 6 de maio, o favorito das pesquisas, Nicolas Sarkozy, expressou à rede de televisão Canal Plus sua intenção de "debater com respeito e com firmeza".

O candidato do partido UMP (direita, no poder), considerou "machista" a idéia segundo a qual "não se debate com uma mulher como com um homem."

"Será que é preciso ter argumentos menos contundentes e falar mais baixo quando se trata de uma mulher?", perguntou Sarkozy.

"Na minha opinião, as mulheres também são inteligentes e trabalhadoras. Não se deve reduzir Ségolène Royal a sua feminilidade pois ela é uma dirigente política. A questão dos franceses não é ter um presidente homem ou mulher, mas um presidente que tenha experiência para assumir suas responsabilidades, que tenha um projeto claro para resolver os problemas dos franceses", disse Sarkozy.

Royal, por sua vez, declarou ao mesmo canal que espera "um enfrentamento" bem mais duro com Sarkozy do que com o centrista François Bayrou, o terceiro colocado do primeiro turno, cujos eleitores são cruciais para as ambições presidenciais da candidata socialista.

Royal e Bayrou foram no sábado os protagonistas de um inusitado debate entre o segundo e o terceiro do primeiro turno da eleição presidencial, suscitando as críticas de Sarkozy.

"Acredito que se deve aceitar o debate democrático. É preciso aceitar prestar contas sobre sua ação política sem apelar para a vitimização", disse Ségolène Royal, em clara alusão ao candidato da direita que se diz vítima de uma campanha de "difamação" e de "insultos".

"Eu não me sinto como uma vítima, apesar de todos os golpes baixos que recebi", acrescentou a socialista.

Segundo uma pesquisa publicada neste domingo, Nicolas Sarkozy ganharia o segundo turno das presidenciais com 52% dos votos, contra 48% para Ségolène Royal. Além disso, segundo o estudo, 32% dos eleitores de Bayrou votariam em Sarkozy e 41% na candidata socialista.

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