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30/04/2007
-
10h57
da Efe, em Paris
Os dois candidatos à Presidência francesa entraram nesta segunda-feira na última semana de campanha com um reforço na estratégia que consiste em destacar as vantagens dos seus respectivos programas para atrair eleitores, e também em estimular a rejeição ao rival.
O conservador Nicolas Sarkozy entrou na reta final como favorito e com alguma vantagem sobre a socialista Ségolène Royal, mas a percentagem de indecisos é de 16%, segundo o jornal "Le Figaro", e de 19%, de acordo com o "Le Monde".
Grande parte dos indecisos é formada por eleitores que votaram no centrista François Bayrou no primeiro turno, em 22 de abril, que optou por não apoiar nenhum dos candidatos.
Nos comícios, Royal e Sarkozy explicaram as propostas do ponto de vista econômico, social e político, mas também falaram sobre o temor e a desconfiança provocada pela escolha do rival. Em retrocesso nas pesquisas --na edição de hoje o jornal "Le Figaro" aponta Sarkozy como vencedor, com 52%--, Royal disse à rede de TV France2 que quer "abrir os olhos" dos franceses sobre o tipo de sociedade que o líder conservador quer impor.
A socialista deu como exemplo o discurso "de uma grande violência e brutalidade" que Sarkozy pronunciou no domingo em Paris, quando, entre outras coisas, propôs "romper o espírito, as idéias e os comportamentos de maio de 68".
Sarkozy vinculou a esquerda francesa ao movimento e a acusou de ter acabado com "os valores e a moral", por isso deu mostras ao eleitorado de que relaciona sua rival a esta situação.
Royal respondeu, em entrevista ao "Le Monde", que o maio de 68 trouxe "um sopro de liberdade contra uma sociedade totalmente fechada".
O líder conservador não deixa de mencionar que a extrema-esquerda apóia Royal, enquanto a socialista ressalta que Sarkozy conta com os votos da Frente Nacional de Jean-Marie Le Pen.
Hoje mesmo Royal ressaltou que a possibilidade de implantar o sistema proporcional na lei eleitoral beneficia o partido ultradireitista, embora tenha negado que isso faria parte de uma velha reivindicação do centrista Bayrou.
Críticas
O candidato direitista se apresenta como vítima de ataques dos rivais e se queixa da frente "anti-Sarkozy", mas ele mesmo não economiza críticas e, em algumas ocasiões, afirma que Royal carece de preparação adequada para assumir a chefia de Estado.
O ex-primeiro-ministro conservador Edouard Balladur reforçou essa idéia hoje, quando disse ao "Le Figaro" que a França precisa de "dinamismo e convicções fortes", em alusão a Sarkozy, frente à "insipidez", representada por Royal.
Os dois candidatos se apresentam como líderes capazes de unir o povo francês e atribuem ao rival a incapacidade de alcançar o mesmo objetivo.
Enquanto isso, conscientes de que provavelmente contarão com votos da extrema-direita (Sarkozy) e extrema-esquerda (Royal), ambos aumentam as mensagens voltadas para o eleitorado mais moderado, especialmente para os quase sete milhões que votaram em Bayrou.
Uma pesquisa do instituto TNS-Sofres divulgado hoje assegura que 41% dos eleitores de Bayrou no primeiro turno apoiarão a socialista, contra 32% que devem optar pelo conservador, embora muitos outros ainda possam mudar de idéia.
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Os dois candidatos à Presidência francesa entraram nesta segunda-feira na última semana de campanha com um reforço na estratégia que consiste em destacar as vantagens dos seus respectivos programas para atrair eleitores, e também em estimular a rejeição ao rival.
O conservador Nicolas Sarkozy entrou na reta final como favorito e com alguma vantagem sobre a socialista Ségolène Royal, mas a percentagem de indecisos é de 16%, segundo o jornal "Le Figaro", e de 19%, de acordo com o "Le Monde".
Grande parte dos indecisos é formada por eleitores que votaram no centrista François Bayrou no primeiro turno, em 22 de abril, que optou por não apoiar nenhum dos candidatos.
Reuters/AP |
Royal (à esq.) e Sarkozy enfrentam-se em segundo turno de eleições na França |
A socialista deu como exemplo o discurso "de uma grande violência e brutalidade" que Sarkozy pronunciou no domingo em Paris, quando, entre outras coisas, propôs "romper o espírito, as idéias e os comportamentos de maio de 68".
Sarkozy vinculou a esquerda francesa ao movimento e a acusou de ter acabado com "os valores e a moral", por isso deu mostras ao eleitorado de que relaciona sua rival a esta situação.
Royal respondeu, em entrevista ao "Le Monde", que o maio de 68 trouxe "um sopro de liberdade contra uma sociedade totalmente fechada".
O líder conservador não deixa de mencionar que a extrema-esquerda apóia Royal, enquanto a socialista ressalta que Sarkozy conta com os votos da Frente Nacional de Jean-Marie Le Pen.
Hoje mesmo Royal ressaltou que a possibilidade de implantar o sistema proporcional na lei eleitoral beneficia o partido ultradireitista, embora tenha negado que isso faria parte de uma velha reivindicação do centrista Bayrou.
Críticas
O candidato direitista se apresenta como vítima de ataques dos rivais e se queixa da frente "anti-Sarkozy", mas ele mesmo não economiza críticas e, em algumas ocasiões, afirma que Royal carece de preparação adequada para assumir a chefia de Estado.
O ex-primeiro-ministro conservador Edouard Balladur reforçou essa idéia hoje, quando disse ao "Le Figaro" que a França precisa de "dinamismo e convicções fortes", em alusão a Sarkozy, frente à "insipidez", representada por Royal.
Os dois candidatos se apresentam como líderes capazes de unir o povo francês e atribuem ao rival a incapacidade de alcançar o mesmo objetivo.
Enquanto isso, conscientes de que provavelmente contarão com votos da extrema-direita (Sarkozy) e extrema-esquerda (Royal), ambos aumentam as mensagens voltadas para o eleitorado mais moderado, especialmente para os quase sete milhões que votaram em Bayrou.
Uma pesquisa do instituto TNS-Sofres divulgado hoje assegura que 41% dos eleitores de Bayrou no primeiro turno apoiarão a socialista, contra 32% que devem optar pelo conservador, embora muitos outros ainda possam mudar de idéia.
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