Publicidade
Publicidade
01/05/2007
-
18h28
da Folha Online
da France Presse
Após protestos em defesa da laicidade do Estado que tumultuaram o país nos últimos dias, o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta terça-feira que solicitará ao Parlamento que antecipe para 24 de junho e 1º de julho as eleições legislativas do país.
O pedido chega em resposta à decisão da corte máxima da Turquia de anular a votação em primeiro turno no Parlamento para presidente, que havia sido vencida pelo candidato do partido islâmico governista.
A votação para presidente foi boicotada pela oposição, que depois denunciou a falta de quórum mínimo e pediu sua anulação. Após a anulação ter sido aprovada pela Corte Constitucional, Erdogan pediu novas eleições e ainda anunciou uma proposta para estabelecer o sufrágio universal na eleição presidencial.
Atualmente, a eleição presidencial na Turquia é indireta e realizada no Parlamento. Para vencer, um candidato precisa de uma maioria de dois terços nos dois primeiros turnos de votação. Se isso não for possível antes do terceiro turno, a exigência cai para maioria simples. Um quarto turno é possível se nenhum candidato conseguir maioria simples no terceiro turno.
Votação
Após a decisão da Corte Constitucional, o governo afirmou que faria uma nova votação nesta quarta-feira, mas um dos líderes do Parlamento, Sadullah Ergin, disse mais tarde que não haveria eleição, mas apenas uma discussão a respeito de um novo cronograma de votos. Não há definição oficial sobre as atividades dos legisladores amanhã.
A perspectiva do candidato governista, o ministro das Relações Exteriores Abdullah Gul (que é do partido muçulmano), se tornar presidente gerou temores de um fortalecimento da influência islâmica no governo --vista como uma ameaça à tradicional laicidade do Estado turco.
Centenas de milhares de manifestantes defenderam o Estado laico em um ato no último domingo (29) em Istambul, no qual também pediram a queda do governo.
Boicote
O Partido Republicano do Povo, de oposição, boicotou o primeiro turno de votação na última sexta-feira (27) e pediu seu cancelamento após argumentar que o quórum mínimo de dois terços dos 550 legisladores não havia sido alcançado.
"Cancelamos o primeiro turno. Se o Parlamento vai continuar a votar ou não, não sabemos", disse o porta-voz da Corte Constitucional da Turquia Hasim Kilic. "Nossa corte determinou que um quórum mínimo de 367 legisladores é necessário" para a votação, afirmou.
Não será fácil para o partido governista, que tem 352 assentos no Parlamento, conseguir o quórum mínimo para a realização de uma nova votação. Espera-se que os legisladores que boicotaram o primeiro turno mantenham sua oposição em uma segunda votação.
Erdogan pediu ontem à população que mantenha a calma e fique unida para assegurar a estabilidade e a recuperação econômica do país.
Leia mais
Com país em crise, premiê da Turquia faz apelo por união nacional
Centenas de milhares protestam contra governo e por laicismo na Turquia
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Turquia
Conheça as origens e preceitos do islamismo
Premiê da Turquia defende eleições antecipadas e reforma eleitoral
Publicidade
da France Presse
Após protestos em defesa da laicidade do Estado que tumultuaram o país nos últimos dias, o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta terça-feira que solicitará ao Parlamento que antecipe para 24 de junho e 1º de julho as eleições legislativas do país.
29.abr.2007/AP |
Manifestantes defendem Estado laico na Turquia durante ato em Istambul |
A votação para presidente foi boicotada pela oposição, que depois denunciou a falta de quórum mínimo e pediu sua anulação. Após a anulação ter sido aprovada pela Corte Constitucional, Erdogan pediu novas eleições e ainda anunciou uma proposta para estabelecer o sufrágio universal na eleição presidencial.
Atualmente, a eleição presidencial na Turquia é indireta e realizada no Parlamento. Para vencer, um candidato precisa de uma maioria de dois terços nos dois primeiros turnos de votação. Se isso não for possível antes do terceiro turno, a exigência cai para maioria simples. Um quarto turno é possível se nenhum candidato conseguir maioria simples no terceiro turno.
Votação
Após a decisão da Corte Constitucional, o governo afirmou que faria uma nova votação nesta quarta-feira, mas um dos líderes do Parlamento, Sadullah Ergin, disse mais tarde que não haveria eleição, mas apenas uma discussão a respeito de um novo cronograma de votos. Não há definição oficial sobre as atividades dos legisladores amanhã.
A perspectiva do candidato governista, o ministro das Relações Exteriores Abdullah Gul (que é do partido muçulmano), se tornar presidente gerou temores de um fortalecimento da influência islâmica no governo --vista como uma ameaça à tradicional laicidade do Estado turco.
Centenas de milhares de manifestantes defenderam o Estado laico em um ato no último domingo (29) em Istambul, no qual também pediram a queda do governo.
Boicote
O Partido Republicano do Povo, de oposição, boicotou o primeiro turno de votação na última sexta-feira (27) e pediu seu cancelamento após argumentar que o quórum mínimo de dois terços dos 550 legisladores não havia sido alcançado.
"Cancelamos o primeiro turno. Se o Parlamento vai continuar a votar ou não, não sabemos", disse o porta-voz da Corte Constitucional da Turquia Hasim Kilic. "Nossa corte determinou que um quórum mínimo de 367 legisladores é necessário" para a votação, afirmou.
Não será fácil para o partido governista, que tem 352 assentos no Parlamento, conseguir o quórum mínimo para a realização de uma nova votação. Espera-se que os legisladores que boicotaram o primeiro turno mantenham sua oposição em uma segunda votação.
Erdogan pediu ontem à população que mantenha a calma e fique unida para assegurar a estabilidade e a recuperação econômica do país.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice