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06/05/2007 - 18h14

Confira trajetória de Nicolas Sarkozy, eleito presidente de França

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da France Presse, em Paris

Após trinta anos de trabalho com propostas polêmicas, prometendo uma revolução na vida política francesa, neste domingo, o candidato conservador Nicolas Sarkozy, 52, concretizou sua ambição de se tornar presidente da França.

Christophe Ena/AP
Candidato conservador, Nicolas Sarkozy, registrando seu voto
Candidato conservador, Nicolas Sarkozy, registrando seu voto
Nicolas Sarkozy será o sexto chefe de Estado da 5ª República francesa como um homem que promete transformar o sistema e mudar o país. "Juntos, tudo será possível", rezava seu lema de campanha.

Invulnerável, hábil comunicador, carismático, provocador e hiperativo, Nicolas Sarkozy não deixa ninguém indiferente --e quase toda a classe política reconhece seu inegável valor e impressionante energia.

O novo presidente da França afirma o desejo de ser o homem da ruptura, o porta-voz do povo e o político que vai tirar a França da crise social e econômica na qual se encontra imersa.

Robert Pratta/Reuters
O candidato conservador, Nicolas Sarkozy, é eleito presidente em 2º turno da França
O candidato conservador, Nicolas Sarkozy, é eleito presidente em 2º turno da França
"Não quero unir os partidos, e, sim, os franceses, além das diferenças partidárias unidos em valores e convicções", afirmou nos últimos dias de campanha. Sarkozy promete um novo modelo de sociedade baseado no valor do trabalho, na ordem, na moral e no respeito à autoridade.

Durante sua campanha, o candidato criticou a herança de maio de 68, "causa do atual declínio do país", defendeu a identidade nacional e o orgulho de ser francês, lançou idéias polêmicas sobre imigração e afirmou que atuará com "mão de ferro" na luta contra a delinqüência e a insegurança.

Para seus críticos, no entanto, o líder conservador é um homem que inspira medo, totalmente instável e brutal, sem capacidade para governar a França --apesar de ter se preparado para isso durante 30 anos.

Reuters
Nicolas Sarkozy criticou Ségolène Royal por perder a calma durante discussão na TV
Nicolas Sarkozy criticou Ségolène Royal por perder a calma durante discussão na TV
Filho de advogada francesa e de imigrante húngaro, Sarkozy, advogado de formação, tem uma experiência de 30 anos de vida política. Aos 19 anos já dirigia a juventude da direita francesa; aos 20, pronunciou um discurso que deixou de boca aberta todos os velhos lobos da direita e, com menos de 30, foi eleito prefeito de Neuilly-sur-Seine, cidade burguesa das cercanias de Paris.

"É um homem que quer ser o primeiro sempre e em todas as partes e que se aproveita dos outros para conseguir. Não suporta que o contradigam", afirma Lucienne Buton, conselheira socialista de Neuilly-sur-Seine, onde fez oposição a Sarkozy durante quase duas décadas.

21.abr.2007/AP
Nicolas Sarkozy liderou pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha
Nicolas Sarkozy liderou pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha
Seu caminho para a presidência começou quando assumiu a liderança do partido União por um Movimento Popular (UMP), em 2004. Nos últimos meses, Sarkozy conseguiu uma onda de adesão inusitada em seu partido e obteve apoios simbólicos da esquerda, do centro e da extrema direita. Em março, conseguiu também um tímido apoio do atual presidente, Jacques Chirac.

Seu relacionamento conflituoso com o chefe de Estado começou em 1995, quando Sarkozy "traiu" Chirac, defendendo a candidatura de Edouard Balladur na eleição presidencial na qual Chirac saiu vencedor.

21.fev.2007/Reuters
Nicolas Sarkozy, candidato à Presidência francesa em 2007 pelo partido UMP
Nicolas Sarkozy, candidato à Presidência francesa em 2007 pelo partido UMP
Sarkozy se recuperou pouco a pouco deste revés e conseguiu se reintegrar à vida política.
Foi ministro do Interior de 2002 até março de 2007 (com uma interrupção de vários meses durante os quais foi titular da pasta de Economia).

Suas declarações durante a violenta revolta nos subúrbios de Paris, em novembro de 2005, quando chamou de "escória" os jovens moradores, as afirmações polêmicas em relação aos muçulmanos e sua forma "elitista" de fazer campanha o tornaram "persona non grata" nos subúrbios onde a exclusão é dramática.

Sua "mancha negra" no percurso rumo à presidência foi uma crise matrimonial com sua segunda esposa, Cecilia, de origem espanhola, com quem tem um filho. Oficialmente, o casal ainda convive bem, mas rumores sobre sua verdadeira situação se multiplicam. O presidente prometeu se explicar "depois das eleições".

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