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08/05/2007
-
08h37
da Folha Online
O protestante Ian Paisley, líder do Partido Democrático Unionista (DUP), e o líder católico, Martin McGuinness, do Sinn Fein assumem nesta terça-feira seus cargos como primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro do novo governo autônomo da Irlanda do Norte.
Em seguida, outros dez ministros que compõem o governo assumirão também seus cargos.
O acordo em torno do governo conjunto foi selado em 26 de março deste ano, com o objetivo de colocar de lado as hostilidades entre ambos os lados, que já duram décadas no país. Apesar de tentativas anteriores de divisão de poder terem fracassado, desta vez líderes protestantes e católicos parecem determinados em fazer a nova liderança funcionar.
"Este é um dia especial, porque marca um recomeço, e acredito que estamos em um novo caminho que trará paz e prosperidade ao país", afirmou Paisley ao chegar ao Parlamento.
McGuinness também qualificou o dia de hoje como uma "data histórica". "O que estamos vendo hoje é um dos dias mais importantes para um processo que dura quase 15 anos".
Segundo Gerry Adams, líder do Sinn Fein, o acordo mostrou que o "diálogo" e a "perseverança" dão resultado. "Vamos mudar o cenário político, teremos sucesso".
O ministro britânico para a Irlanda do Norte, Peter Hain, que assinou nesta terça-feira uma ordem transferindo o governo local de Londres a Belfast, elogiou a determinação dos líderes.
"Estamos no nascimento de um novo futuro democrático. (...) Acredito que ele irá durar, e que dará certo", afirmou ele. O novo governo da Irlanda do Norte terá poder sobre assuntos locais, mas Londres manterá a soberania sobre a Província.
Reino Unido
O Reino Unido e a Irlanda pressionavam os partidos da Irlanda do Norte há anos para que entrassem em um acordo de divisão de poder, passo fundamental para a estabilização do país de 1,6 milhão de habitantes, que vive em divisão há décadas.
O premiê britânico, Tony Blair, e o premiê irlandês, Bertie Ahern, que guiaram o processo de paz na Irlanda do Norte da última década, estarão presentes na cerimônia de posse.
Blair, que planeja deixar o cargo de premiê nesta semana, vê o acordo de divisão de poder entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte como um dos principais méritos de seus dez anos à frente do governo britânico.
Ao chegar ao Parlamento, Paisley cumprimentou Adams, como quem sempre se recusou a dialogar devido à ligação do Sinn Fein com o IRA (Exército Republicano Irlandês).
O grupo armado é apontado como responsável por cerca de 3.600 mortes durante 30 anos de conflito sectário na Irlanda do Norte.
Com Efe e Associated Press
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O protestante Ian Paisley, líder do Partido Democrático Unionista (DUP), e o líder católico, Martin McGuinness, do Sinn Fein assumem nesta terça-feira seus cargos como primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro do novo governo autônomo da Irlanda do Norte.
Em seguida, outros dez ministros que compõem o governo assumirão também seus cargos.
O acordo em torno do governo conjunto foi selado em 26 de março deste ano, com o objetivo de colocar de lado as hostilidades entre ambos os lados, que já duram décadas no país. Apesar de tentativas anteriores de divisão de poder terem fracassado, desta vez líderes protestantes e católicos parecem determinados em fazer a nova liderança funcionar.
"Este é um dia especial, porque marca um recomeço, e acredito que estamos em um novo caminho que trará paz e prosperidade ao país", afirmou Paisley ao chegar ao Parlamento.
McGuinness também qualificou o dia de hoje como uma "data histórica". "O que estamos vendo hoje é um dos dias mais importantes para um processo que dura quase 15 anos".
Segundo Gerry Adams, líder do Sinn Fein, o acordo mostrou que o "diálogo" e a "perseverança" dão resultado. "Vamos mudar o cenário político, teremos sucesso".
O ministro britânico para a Irlanda do Norte, Peter Hain, que assinou nesta terça-feira uma ordem transferindo o governo local de Londres a Belfast, elogiou a determinação dos líderes.
"Estamos no nascimento de um novo futuro democrático. (...) Acredito que ele irá durar, e que dará certo", afirmou ele. O novo governo da Irlanda do Norte terá poder sobre assuntos locais, mas Londres manterá a soberania sobre a Província.
Reino Unido
O Reino Unido e a Irlanda pressionavam os partidos da Irlanda do Norte há anos para que entrassem em um acordo de divisão de poder, passo fundamental para a estabilização do país de 1,6 milhão de habitantes, que vive em divisão há décadas.
Paul Faith/AP |
Da esquerda para direita: McGuinness, Ahern, Blair, Hain e Paisley reúnem-se no Parlamento |
Blair, que planeja deixar o cargo de premiê nesta semana, vê o acordo de divisão de poder entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte como um dos principais méritos de seus dez anos à frente do governo britânico.
Ao chegar ao Parlamento, Paisley cumprimentou Adams, como quem sempre se recusou a dialogar devido à ligação do Sinn Fein com o IRA (Exército Republicano Irlandês).
O grupo armado é apontado como responsável por cerca de 3.600 mortes durante 30 anos de conflito sectário na Irlanda do Norte.
Com Efe e Associated Press
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