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25/05/2007 - 22h30

Caracas reforça segurança às vésperas do fechamento da RCTV

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da France Presse, em Caracas

Um imponente esquema de segurança tomou conta das ruas de Caracas nesta sexta-feira, dois dias antes do fechamento da rede de televisão privada RCTV, cuja concessão vence na meia-noite de domingo e que o governo do presidente Hugo Chávez decidiu não renovar.

Um contingente militar formado por dois tanques, caminhões blindados e mais de cem motociclistas percorreu na manhã desta sexta-feira a principal auto-estrada de Caracas, segundo imagens transmitidas pelo canal Globovisión.

Enquanto isso, Chávez assistia em Barcelona (200 km a leste de Caracas) a uma demonstração dos novos aviões de caça Sukhoi, comprados da Rússia no ano passado. O evento foi transmitido por rádio e TV.

Com uniforme militar, Chávez disse que "dificilmente há um país no mundo com maior liberdade de expressão" que a Venezuela. "Apesar disto, alguns continuam me chamando de tirano do Caribe".

O presidente também advertiu que estão tentando criar mal-estar: "a oligarquia venezuelana se sente agredida, mas não estamos agredindo ninguém, estamos fazendo uso de um direito legítimo, que eles desconhecem".

"Pode chover, trovoar, relampejar, que chorem as oligarquias, no domingo acaba a concessão desta TV privada e, minutos depois, estará no ar a nova estação social. Acabará a tirania".

Protestos

Estudantes de diversas universidades da capital venezuelana se reuniram pela manhã para protestar contra a decisão de não renovar a concessão da RCTV.

A noite de quinta-feira foi marcada por um intenso "panelaço", audível tanto nos bairros de luxo quanto nas zonas populares, realizado em repúdio à decisão tomada pelo governo da Venezuela.

O panelaço aconteceu quando Chávez pronunciava um discurso no qual minimizou as críticas formuladas pela Comissão das Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos e pelo Parlamento Europeu ao fechamento da TV.

A saída da RCTV do ar é rejeitada por entre 70% e 80% da população venezuelana, segundo duas pesquisas, nas quais os entrevistados qualificam a medida de "arbitrária".

A decisão também foi criticada por diversas organizações internacionais de defesa da liberdade de expressão e pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

 

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