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26/10/2000
-
20h53
da France Presse
em Davenport (EUA)
O democrata Al Gore, que disputa a eleição presidencial dos EUA com o republicano George W.
Bush, recusou uma participação de maior visibilidade do presidente Bill Clinton em sua campanha, de quem foi vice-presidente nos últimos oito anos.
Gore, que fez campanha hoje no Estado de Iowa (centro-norte dos EUA), disse que não tem nenhuma aparição pública prevista com Clinton até o dia 7 de novembro (dia das eleições). Segundo ele, o motivo é "que o presidente exerce um trabalho de tempo integral".
"Eu sou quem sou, faço campanha por mim mesmo, a partir de minhas concepções e de meu programa para o futuro", afirmou Gore na televisão "ABC".
Nas últimas semanas, grandes veículos de comunicação norte-americanos - e, mais discretamente, vários dirigentes democratas - sugeriram a Gore que utilizasse Clinton para conseguir reverter a ligeira vantagem que Bush apresenta nas pesquisas.
As qualidades de estrategista político e o carisma do presidente são indiscutíveis. Além disso, Clinton parece disposto a ajudar seu sucessor. No caso de Hillary, sua mulher, que concorre a uma vaga no Senado por Nova York, os resultados foram bons e ela já melhorou nas pesquisas.
Além disso, o balanço de seu governo - crescimento econômico sustentável, queda no nível do desemprego, diminuição da criminalidade - é reconhecido pela maioria da população, que parece distinguir os escândalos de Clinton (sobretudo o de suas relações sexuais com Mônica Lewinky) e o saldo prático de sua administração.
É justamente aí que está o problema. Gore, reconhecido por sua fidelidade conjugal e sua integridade moral, teme ser associado à polêmica conduta de Clinton neste terreno, denunciada com insistência pela direita conservadora e religiosa.
Em campanha hoje na Pensilvânia (nordeste), Bush atacou o vice-presidente, tentando fazer uma associação entre ele e tais escândalos. Bush prometeu lutar para que os "princípios" voltem ao governo.
Al Gore, por sua vez, negou que esteja evitando ressaltar as conquistas dos últimos oito anos: "pelo contrário, em cada discurso falo deste balanço e estou orgulhoso pelas políticas que têm ajudado o país".
Gore disse que acredita que a população esteja mais interessada no que será feito daqui para frente, e retomou a idéia central da campanha. "Não estou satisfeito, porque acredito que podemos fazer melhor ainda".
Segundo o porta-voz de Gore, Chris Lehane, embora não vá estar sob o foco da opinião pública e da mídia, Clinton terá um papel importante nos bastidores. "O presidente ajudará a conseguir votos. Ajudará com as campanhas publicitárias na TV, nas chamadas por telefone (aos eleitores) e recolhendo dinheiro para a campanha em estados como a Califórnia, Luisiana e Arkansas (sua terra natal)", disse Lehane.
Jake Siewert, porta-voz da Casa Blanca, garantiu que Clinton está "disposto a fazer o que for necessário" para ajudar seu vice-presidente.
Os dois políticos, Clinton e Gore, se cruzaram apenas no início da campanha, na Convenção Nacional do Partido Democrata, em agosto, na qual Gore se afastou do presidente norte-americano ao dizer que ele era "seu próprio maestro". Depois, não voltou a pronunciar o nome de Clinton.
Leia mais no especial Eleições nos EUA.
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Gore não cita Clinton em campanha para poupar imagem de escândalo
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O democrata Al Gore, que disputa a eleição presidencial dos EUA com o republicano George W.
Bush, recusou uma participação de maior visibilidade do presidente Bill Clinton em sua campanha, de quem foi vice-presidente nos últimos oito anos.
Gore, que fez campanha hoje no Estado de Iowa (centro-norte dos EUA), disse que não tem nenhuma aparição pública prevista com Clinton até o dia 7 de novembro (dia das eleições). Segundo ele, o motivo é "que o presidente exerce um trabalho de tempo integral".
"Eu sou quem sou, faço campanha por mim mesmo, a partir de minhas concepções e de meu programa para o futuro", afirmou Gore na televisão "ABC".
Nas últimas semanas, grandes veículos de comunicação norte-americanos - e, mais discretamente, vários dirigentes democratas - sugeriram a Gore que utilizasse Clinton para conseguir reverter a ligeira vantagem que Bush apresenta nas pesquisas.
As qualidades de estrategista político e o carisma do presidente são indiscutíveis. Além disso, Clinton parece disposto a ajudar seu sucessor. No caso de Hillary, sua mulher, que concorre a uma vaga no Senado por Nova York, os resultados foram bons e ela já melhorou nas pesquisas.
Além disso, o balanço de seu governo - crescimento econômico sustentável, queda no nível do desemprego, diminuição da criminalidade - é reconhecido pela maioria da população, que parece distinguir os escândalos de Clinton (sobretudo o de suas relações sexuais com Mônica Lewinky) e o saldo prático de sua administração.
É justamente aí que está o problema. Gore, reconhecido por sua fidelidade conjugal e sua integridade moral, teme ser associado à polêmica conduta de Clinton neste terreno, denunciada com insistência pela direita conservadora e religiosa.
Em campanha hoje na Pensilvânia (nordeste), Bush atacou o vice-presidente, tentando fazer uma associação entre ele e tais escândalos. Bush prometeu lutar para que os "princípios" voltem ao governo.
Al Gore, por sua vez, negou que esteja evitando ressaltar as conquistas dos últimos oito anos: "pelo contrário, em cada discurso falo deste balanço e estou orgulhoso pelas políticas que têm ajudado o país".
Gore disse que acredita que a população esteja mais interessada no que será feito daqui para frente, e retomou a idéia central da campanha. "Não estou satisfeito, porque acredito que podemos fazer melhor ainda".
Segundo o porta-voz de Gore, Chris Lehane, embora não vá estar sob o foco da opinião pública e da mídia, Clinton terá um papel importante nos bastidores. "O presidente ajudará a conseguir votos. Ajudará com as campanhas publicitárias na TV, nas chamadas por telefone (aos eleitores) e recolhendo dinheiro para a campanha em estados como a Califórnia, Luisiana e Arkansas (sua terra natal)", disse Lehane.
Jake Siewert, porta-voz da Casa Blanca, garantiu que Clinton está "disposto a fazer o que for necessário" para ajudar seu vice-presidente.
Os dois políticos, Clinton e Gore, se cruzaram apenas no início da campanha, na Convenção Nacional do Partido Democrata, em agosto, na qual Gore se afastou do presidente norte-americano ao dizer que ele era "seu próprio maestro". Depois, não voltou a pronunciar o nome de Clinton.
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