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05/11/2000 - 12h27

Democratas tentarão acabar com maioria republicana no Congresso

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da France Presse
em Washingoton

Os democratas esperam não apenas conservar a Casa Branca nas eleições da próxima terça-feira (7), como também pôr fim a seis anos de domínio republicano no Congreso.

A dois dias das eleições, a maior parte das pesquisas mostram o democrata Al Gore ligeiramente atrás de seu adversário republicano George Bush, nas eleições presidenciais mais disputadas dos últimos 40 anos.

Os especialistas prevêem que os resultados serão igualmente bem apertados na disputa de maioria no Congresso. Os democratas têm uma boa oportunidade de arrebatar dos republicanos a maioria da Câmara de Representantes, cujo controle perderam em 1994, depois de 40 anos de domínio.

Atualmente, os republicanos dispõem de 222 cadeiras, à frente das 209 dos democratas. Duas cadeiras são ocupadas por independentes e outras duas estão vagas. Isto obrigaria os democratas a ganharem pelo menos sete cadeiras para retomarem o controle do Congresso.

"Se Gore conseguir a Casa Branca, vai querer que os democratas controlem também a Câmara de Representantes para assegurar o êxito de suas reformas", avalia Allan Lichtman, especialista em temas políticos da Universidade Americana de Washington. "As eleições (na Câmara) são de fato fundamentais para seu programa de governo."

Mas os republicanos estão, por sua vez, decididos a conservar seu domínio sobre a Câmara porque se "levarem a presidência e conservarem a maioria nas duas câmaras do Congresso, terão um nível de poder jamais visto desde 1920", explica Lichtman.

É muito raro que, em uma eleição, os três braços do poder (presidência, Câmara e Senado) estejam em disputa, diz o especialista.

No Senado, os republicanos têm a maioria com 54 cadeiras, à frente das 46 dos democratas. Apenas a terça parte delas estão em disputa esse ano. Na maioria dos casos, os republicanos estão em boa posição para mantê-las e conservar sua maioria. Os democratas necessitariam ganhar cinco senadores.

Uma das disputas pelo Senado, seguida com maior interesse é a do Estado de Nova York, que tem a primeira-dama Hillary Clinton - amplamente favorita nas pesquisas - e republicano Rick Lazio.

No Missouri (região central do país), terá lugar uma disputa incomum por outra cadeira do Senado, pois um dos candidatos, o democrata e até agora governador, Mel Carnahan, morreu em um acidente de avião em 16 de outubro passado, quando a campanha já estava tão adiantada que não foi possível retirar seu nome das cédulas eleitorais. Os eleitores poderão acabar elegendo o falecido na próxima terça-feira.

Sua viúva, Jean Carnahan, 66, anunciou que está disposta a assumir seu lugar no Senado - uma opção rara, mas prevista em lei, segundo os juristas - se o candidato republicano, John Ashcroft, for derrotado. Essa cadeira deverá ser preciosa para os democratas em sua batalha pelo controle do Senado norte-americano.


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