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06/11/2000
-
15h23
da France Presse
em Nova York
O influente jornal The New York Times pediu hoje que Washington "evite confrontos desnecessários" com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que se converteu "em um dos líderes do mundo em vias de desenvolvimento que fala com mais franqueza".
Desde sua vitória nas eleições presidenciais há quase dois anos, o presidente da Venezuela tenta se transformar em "um símbolo de resistência à influência dos Estados Unidos, não só na América Latina, mas no mundo inteiro", escreve o NYTimes em um editorial.
E embora Washington "tenha que observá-lo com cautela", deve ao mesmo tempo "evitar confrontos desnecessários", disse o jornal, lembrando que "Caracas e Washington têm um forte interesse na continuação da venda de petróleo venezuelano aos Estados Unidos", "os maiores compradores internacionais da Venezuela".
O jornal considerou que, na cena internacional, Chávez tem dado passos que "não são construtivos". Entre eles, assinala que o presidente venezuelano ajudou a "revitalizar a Opep como uma força que impõe preços", "abraçou o presidente iraquiano Saddam Hussein e se aproximou dos "rebeldes marxistas na vizinha Colômbia".
Ademais, acrescenta o jornal, Chávez recebeu recentemente em Caracas o presidente cubano Fidel Castro e acertou abastecer Cuba com petróleo a um preço subsidiado, em troca do envio à Venezuela de médicos e outros especialistas cubanos.
No âmbito da política interna, Chávez "consolidou um poder quase ditatorial, e agora busca autoridade para governar por decreto", diz o The New York Times.
No entanto, segundo o jornal, o "surgimento de um líder esquerdista demagógico na América Latina não deve ser considerado uma ameaça", como sucedeu durante a guerra fria.
O jornal observa que "o maior desafio" às "grandiosas ambições" de Chávez está no cenário nacional, onde prometeu "reativar a deprimida economia" e "elevar o nível de vida da maioria pobre do país".
Mas até agora, apesar do aumento este ano dos preços do petróleo, Chávez "não cumpriu" suas promessas, conclui o editorial.
Leia mais notícias da France Presse na Folha Online
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The New York Times quer que EUA evite choques com Chávez
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em Nova York
O influente jornal The New York Times pediu hoje que Washington "evite confrontos desnecessários" com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que se converteu "em um dos líderes do mundo em vias de desenvolvimento que fala com mais franqueza".
Desde sua vitória nas eleições presidenciais há quase dois anos, o presidente da Venezuela tenta se transformar em "um símbolo de resistência à influência dos Estados Unidos, não só na América Latina, mas no mundo inteiro", escreve o NYTimes em um editorial.
E embora Washington "tenha que observá-lo com cautela", deve ao mesmo tempo "evitar confrontos desnecessários", disse o jornal, lembrando que "Caracas e Washington têm um forte interesse na continuação da venda de petróleo venezuelano aos Estados Unidos", "os maiores compradores internacionais da Venezuela".
O jornal considerou que, na cena internacional, Chávez tem dado passos que "não são construtivos". Entre eles, assinala que o presidente venezuelano ajudou a "revitalizar a Opep como uma força que impõe preços", "abraçou o presidente iraquiano Saddam Hussein e se aproximou dos "rebeldes marxistas na vizinha Colômbia".
Ademais, acrescenta o jornal, Chávez recebeu recentemente em Caracas o presidente cubano Fidel Castro e acertou abastecer Cuba com petróleo a um preço subsidiado, em troca do envio à Venezuela de médicos e outros especialistas cubanos.
No âmbito da política interna, Chávez "consolidou um poder quase ditatorial, e agora busca autoridade para governar por decreto", diz o The New York Times.
No entanto, segundo o jornal, o "surgimento de um líder esquerdista demagógico na América Latina não deve ser considerado uma ameaça", como sucedeu durante a guerra fria.
O jornal observa que "o maior desafio" às "grandiosas ambições" de Chávez está no cenário nacional, onde prometeu "reativar a deprimida economia" e "elevar o nível de vida da maioria pobre do país".
Mas até agora, apesar do aumento este ano dos preços do petróleo, Chávez "não cumpriu" suas promessas, conclui o editorial.
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