Publicidade
Publicidade
08/11/2000
-
15h13
da France Presse
em Nova York
A histórica vitória de Hillary Clinton nas eleições para o senado em Nova York a transforma em uma das figuras políticas mais poderosas dos Estados Unidos e em um país dividido deverá talvez assumir o legado de seu marido, o presidente Bill Clinton.
A primeira-dama, que deixa a Casa Branca a 20 de janeiro, com o atual presidente, duas semanas depois de ter ingressado no Senado dos Estados Unidos representando Nova York, conseguiu uma bela vitória, ao derrotar o republicano Rick Lazio por 12 pontos percentuais.
Segundo os resultados oficiais divulgados hoje, a candidata democrata, 53 anos, conquistou 55% dos votos contra 43% para o republicano, depois da apuração de 99% das urnas. Hillary recebeu 3.410.511 votos, contra 2.669.374 para Lazio.
Hillary Clinton -- a primeira esposa de um presidente dos Estados Unidos que disputa um cargo político e o conquista -- ficou rodeada terça-feira por toda a liderança democrata do Estado, durante as comemorações da vitória em um grande hotel de Manhattan.
E enquanto a senadora eleita, sorridente e radiante, fez um vibrante discurso, Bill Clinton, com os olhos úmidos, ficou relegado a um segundo plano: o papel de consorte, que durante anos coube a Hillary. "Obrigado, obrigado Nova York", exclamou a primeira-dama, que recebeu um esmagador apoio dos latinos, dos negros e de três de cada cinco mulheres.
"Hoje votamos como democratas e republicanos", mas a partir de quarta-feira "começaremos outra vez como nova-iorquinos", disse, prometendo "cruzar as linhas partidárias para levar o progresso a todas as famílias de Nova York". A vitória de Hillary não somente é histórica mas constitui uma revanche para ela e o casal Clinton.
A primeira-dama entra em janeiro de pleno direito no Senado, o poderoso órgão legislativo que tentou destituir seu marido, após uma saga político-sexual que a deixou humilhada aos olhos do mundo.
Dessa crise política e conjugal, a primeira-dama emergiu disposta a brilhar com luz própria, e começou a considerar uma eventual candidatura senatorial em Nova York.
Em julho do ano passado, lançou-se a percorrer um Estado onde não havia nascido nem vivido, e que é famoso por ser impiedoso com os políticos, com a aspiração de pegar a cadeira ocupada desde 1976 pelo senador democrata Daniel Moynihan, infatigável, Hillary repetiu dia e noite nos 62 condados do Estado as questões que definiu como "as prioridades" dos nova-iorquinos: "educação, reforma do sistema de assistência à saúde, e o desenvolvimento econômico do norte do Estado".
Agora, impulsionada por sua esmagadora vitória, Hillary Clinton, cuja personalidade costuma provocar intensos amores ou ódios, abandona para sempre seu papel à sombra do presidente, para ocupar por seus próprios méritos um primeiro plano no partido democrata, e na arena política americana.
E em um país que se revelou intensamente dividido, nas disputadíssimas eleições presidenciais, Hillary, que foi sempre uma enérgica defensora dos direitos das mulheres, das crianças e dos setores menos favorecidos, pode ter que assumir, sozinha, o legado progressista de seu marido infiel.
Histórica vitória transforma Hillary em figura política poderosa
Publicidade
em Nova York
A histórica vitória de Hillary Clinton nas eleições para o senado em Nova York a transforma em uma das figuras políticas mais poderosas dos Estados Unidos e em um país dividido deverá talvez assumir o legado de seu marido, o presidente Bill Clinton.
A primeira-dama, que deixa a Casa Branca a 20 de janeiro, com o atual presidente, duas semanas depois de ter ingressado no Senado dos Estados Unidos representando Nova York, conseguiu uma bela vitória, ao derrotar o republicano Rick Lazio por 12 pontos percentuais.
Segundo os resultados oficiais divulgados hoje, a candidata democrata, 53 anos, conquistou 55% dos votos contra 43% para o republicano, depois da apuração de 99% das urnas. Hillary recebeu 3.410.511 votos, contra 2.669.374 para Lazio.
Hillary Clinton -- a primeira esposa de um presidente dos Estados Unidos que disputa um cargo político e o conquista -- ficou rodeada terça-feira por toda a liderança democrata do Estado, durante as comemorações da vitória em um grande hotel de Manhattan.
E enquanto a senadora eleita, sorridente e radiante, fez um vibrante discurso, Bill Clinton, com os olhos úmidos, ficou relegado a um segundo plano: o papel de consorte, que durante anos coube a Hillary. "Obrigado, obrigado Nova York", exclamou a primeira-dama, que recebeu um esmagador apoio dos latinos, dos negros e de três de cada cinco mulheres.
"Hoje votamos como democratas e republicanos", mas a partir de quarta-feira "começaremos outra vez como nova-iorquinos", disse, prometendo "cruzar as linhas partidárias para levar o progresso a todas as famílias de Nova York". A vitória de Hillary não somente é histórica mas constitui uma revanche para ela e o casal Clinton.
A primeira-dama entra em janeiro de pleno direito no Senado, o poderoso órgão legislativo que tentou destituir seu marido, após uma saga político-sexual que a deixou humilhada aos olhos do mundo.
Dessa crise política e conjugal, a primeira-dama emergiu disposta a brilhar com luz própria, e começou a considerar uma eventual candidatura senatorial em Nova York.
Em julho do ano passado, lançou-se a percorrer um Estado onde não havia nascido nem vivido, e que é famoso por ser impiedoso com os políticos, com a aspiração de pegar a cadeira ocupada desde 1976 pelo senador democrata Daniel Moynihan, infatigável, Hillary repetiu dia e noite nos 62 condados do Estado as questões que definiu como "as prioridades" dos nova-iorquinos: "educação, reforma do sistema de assistência à saúde, e o desenvolvimento econômico do norte do Estado".
Agora, impulsionada por sua esmagadora vitória, Hillary Clinton, cuja personalidade costuma provocar intensos amores ou ódios, abandona para sempre seu papel à sombra do presidente, para ocupar por seus próprios méritos um primeiro plano no partido democrata, e na arena política americana.
E em um país que se revelou intensamente dividido, nas disputadíssimas eleições presidenciais, Hillary, que foi sempre uma enérgica defensora dos direitos das mulheres, das crianças e dos setores menos favorecidos, pode ter que assumir, sozinha, o legado progressista de seu marido infiel.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice