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08/11/2000 - 17h34

Próximo presidente dos EUA deve enfrentar grandes problemas

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da Reuters
em Washington

Pobre coitado do vencedor. Quer seja confirmada a vitória do republicano George W. Bush na corrida presidencial norte-americana, quer o democrata Al Gore consiga virar a mesa no último momento, o próximo dirigente dos EUA irá enfrentar um panorama que pode se revelar traiçoeiro.

Bush, governador do Estado do Texas, seria o primeiro presidente desde 1888 a tomar posse tendo perdido na votação nacional.

Os republicanos devem manter o controle das duas câmaras do Congresso, mas por uma margem bastante pequena. Bush fez grandes promessas para seus eleitores, promessas essas que agora poderá encontrar dificuldades em cumprir.

"Bush assumirá o posto na defensiva. Ele fez promessas extravagantes que serão impossíveis de cumprir. Quem quer que assuma o cargo terá de ser conciliador para que se aprovem as medidas", afirmou David Birdsell, cientista político da Universidade Baruch.

O republicano prometeu a todos os norte-americanos a diminuição dos impostos, em um total de US$ 538 bilhões nos próximos cinco anos. O valor dos cortes seria o dobro disso nos outros dez anos.

Mas o atual Congresso do país, em final de mandato, já gastou quase US$ 1 trilhão em novos investimentos, o que significa que haverá menos dinheiro para que o novo presidente possa manobrar.

Bill Clinton, atual presidente norte-americano, tomou posse em 1992 com os democratas no controle do Congresso. Depois de ele não ter conseguido cumprir suas principais promessas nos dois anos seguintes, os eleitores puniram os democratas entregando aos republicanos o controle das duas câmaras do Congresso.

Os democratas podem se sentir tentados a dificultar as coisas para Bush a fim de se fortalecerem nas eleições de meio de mandato, em 2002. O partido que está fora da Presidência costuma comandar o Poder Legislativo.

Se Gore vencer, a situação pode ser ainda pior. O democrata mostrou-se durante sua campanha menos disposto a firmar alianças com os republicanos, o que prejudicaria seu governo.

Os dois candidatos, ainda, teriam de enfrentar um país profundamente dividido -cada um deles obteve aproximadamente metade dos votos depositados nas urnas.

  • Leia mais no especial Eleições nos EUA.

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