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09/11/2000
-
12h57
da Reuters
em Bagdá (Iraque)
Um importante jornal iraquiano disse hoje que a demora em declarar o resultado da eleição presidencial norte-americana foi orquestrada pelo lobby judaico, que estaria interessado na vitória do democrata Al Gore em lugar do republicano George W. Bush.
O jornal Babel, do filho mais velho do presidente Saddam Hussein, disse que os judeus nos EUA querem que Gore vença a eleição para dar mais apoio a Israel em seu confronto com os palestinos.
"Se eles (os judeus) conseguirem fazer com que Gore vença a eleição, vão se tornar os verdadeiros líderes dos EUA", disse o Babel em editorial.
O jornal acusou Gore de preconceito a favor dos judeus nos EUA e Israel, dizendo que Bush atribui menos importância à "cooperação com as forças sionistas (o movimento sionista defende o estabelecimento de um Estado judeu _Israel_ na antiga Palestina)".
As autoridades da Flórida devem concluir na quinta-feira a recontagem dos 6 milhões de votos do Estado, que vão decidir quem venceu a eleição da terça-feira (7), mas contestações legais à eleição podem adiar qualquer comemoração da vitória por algum tempo.
Tanto Bush quanto Gore projetam confiança em que vão acabar por conseguir os 25 votos eleitorais da Flórida, que lhes garantiriam a presidência.
O vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, afirmou ontem que a ostura hostil dos EUA em relação a Bagdá não vai mudar, quer a eleição seja ganha por Bush ou por Gore.
"Os EUA se aliaram à entidade sionista (Israel) e cometem uma agressão diária contra o Iraque, impõem o embargo (da ONU - Organização das Nações Unidas) e matam o povo iraquiano", disse Aziz.
Ele se referia aos aviões de guerra norte-americanos e britânicos que implementam as zonas de exclusão aérea no Iraque, declaradas para proteger contra possíveis ataques por parte de tropas de Bagdá curdos no norte do país e os muçulmanos xiitas que vivem no sul.
"Nunca apostamos nos resultados das eleições norte-americanas", disse Aziz. "E, desde o início, acreditamos que o sistema de governo americano não vai mudar com a troca de presidente."
Em 1991, uma coalizão militar liderada pelos EUA expulsou as tropas iraquianas do Kuweit, e desde então Washington vem defendendo a aplicação de sanções rígidas da ONU contra Bagdá.
A maioria dos iraquianos não veria com bons olhos uma vitória de Bush, já que se recordam do papel-chave desempenhado por seu pai, o ex-presidente George Bush, em orquestrar a coalizão militar de 1990-91.
Leia mais no especial Eleições nos EUA.
Jornal iraquiano culpa judeus por confusão na eleição dos EUA
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em Bagdá (Iraque)
Um importante jornal iraquiano disse hoje que a demora em declarar o resultado da eleição presidencial norte-americana foi orquestrada pelo lobby judaico, que estaria interessado na vitória do democrata Al Gore em lugar do republicano George W. Bush.
O jornal Babel, do filho mais velho do presidente Saddam Hussein, disse que os judeus nos EUA querem que Gore vença a eleição para dar mais apoio a Israel em seu confronto com os palestinos.
"Se eles (os judeus) conseguirem fazer com que Gore vença a eleição, vão se tornar os verdadeiros líderes dos EUA", disse o Babel em editorial.
O jornal acusou Gore de preconceito a favor dos judeus nos EUA e Israel, dizendo que Bush atribui menos importância à "cooperação com as forças sionistas (o movimento sionista defende o estabelecimento de um Estado judeu _Israel_ na antiga Palestina)".
As autoridades da Flórida devem concluir na quinta-feira a recontagem dos 6 milhões de votos do Estado, que vão decidir quem venceu a eleição da terça-feira (7), mas contestações legais à eleição podem adiar qualquer comemoração da vitória por algum tempo.
Tanto Bush quanto Gore projetam confiança em que vão acabar por conseguir os 25 votos eleitorais da Flórida, que lhes garantiriam a presidência.
O vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, afirmou ontem que a ostura hostil dos EUA em relação a Bagdá não vai mudar, quer a eleição seja ganha por Bush ou por Gore.
"Os EUA se aliaram à entidade sionista (Israel) e cometem uma agressão diária contra o Iraque, impõem o embargo (da ONU - Organização das Nações Unidas) e matam o povo iraquiano", disse Aziz.
Ele se referia aos aviões de guerra norte-americanos e britânicos que implementam as zonas de exclusão aérea no Iraque, declaradas para proteger contra possíveis ataques por parte de tropas de Bagdá curdos no norte do país e os muçulmanos xiitas que vivem no sul.
"Nunca apostamos nos resultados das eleições norte-americanas", disse Aziz. "E, desde o início, acreditamos que o sistema de governo americano não vai mudar com a troca de presidente."
Em 1991, uma coalizão militar liderada pelos EUA expulsou as tropas iraquianas do Kuweit, e desde então Washington vem defendendo a aplicação de sanções rígidas da ONU contra Bagdá.
A maioria dos iraquianos não veria com bons olhos uma vitória de Bush, já que se recordam do papel-chave desempenhado por seu pai, o ex-presidente George Bush, em orquestrar a coalizão militar de 1990-91.
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