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09/11/2000 - 13h05

China torce por vitória de Gore nos EUA

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da Reuters
em Pequim (China)

A China torce secretamente para que o democrata Al Gore vença a corrida presidencial norte-americana hoje, devido a temores de que um governo republicano aprofunde os laços dos EUA com Taiwan e dê início à construção de um sistema de defesa antimíssil na ilha, afirmaram analistas.

Enquanto os EUA esperam ansiosos para saber quem será seu próximo presidente, a China deixou claro oficiosamente preferir o candidato democrata em detrimento do republicano, George W. Bush.

"A China não se preocupa com uma mudança dramática na política norte-americana", afirmou Yan Xuetong, diretor-executivo do Instituto de Estudos Internacionais da Universidade Tsinghua, em Pequim. "Mas, se Gore vencer, haverá mais certezas. Se Bush vencer, haverá menos certezas. Desse modo, a China torce por Gore."

Quando as redes de TV norte-americanas anunciaram prematuramente a vitória do candidato republicano, a China parabenizou-o prontamente. Mais tarde, o país retirou suas congratulações devido às incertezas quanto ao vencedor da disputa presidencial.

Mas o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China deixava transparecer as preocupações do país com a possibilidade de os EUA serem governados por um presidente republicano e um Congresso dominado pelos republicanos, afirmaram analistas.

Para os líderes comunistas do gigante asiático, a questão central é Taiwan, a ilha considerada uma região rebelde e que a China ameaça invadir caso declare sua independência.

Espera-se que Gore dê continuidade à política do atual governo norte-americano em relação a Taiwan, que não é ideal para a China, mas é ao menos consistente, afirmaram analistas.

Já Bush, cujo partido tem fortes laços históricos com Taiwan, disse que seria favorável a um tratado que intensificasse os laços entre a ilha e os EUA.

"Estamos muito preocupados com isso", afirmou Jin Canrong, do Instituto de Estudos Americanos. "Taiwan é a principal questão de política internacional para nós."


  • Leia mais no especial Eleições nos EUA.
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