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16/11/2000
-
17h20
da Reuters
em Tallahassee
Um "furacão" jurídico atingiu hoje a Flórida, com os tribunais tendo de fazer julgamentos cruciais para determinar os próximos passos da confusa batalha legal que definirá o 43° presidente dos Estados Unidos.
Nove dias depois da eleição presidencial, a secretária de Estado da Flórida, a republicana Katherine Harris, anunciou na noite de ontem que não aceitaria mais recontagens manuais.
Os democratas acreditam que uma recontagem desse tipo poderia reverter a estreita vantagem que o republicano George W. Bush tem sobre Al Gore na Flórida _de apenas 300 votos. Quem vencer na Flórida será o novo presidente norte-americano.
Faltam ainda ser contados os votos de eleitores que votaram no exterior. A secretária espera anunciar a decisão final, incluindo esses votos, no sábado (18). Mas a campanha de Gore já entrou na Justiça para tentar barrar essa decisão.
Os democratas queriam que fosse incluída na contagem final a recontagem manual dos condados de Miami-Dade, Broward e Palm Beach. Uma decisão judicial havia determinado que a secretária de Estado poderia incluir ou não a recontagem na apuração definitiva, mas deveria apresentar justificativa para sua decisão.
Baseados nisso, os democratas entraram com uma ação em Tallahassee alegando que Harris agiu arbitrariamente ao negar a inclusão da recontagem, contrariando a decisão judicial.
Dexter Douglass, advogado da campanha de Gore, disse que o próximo passo seria forçar Harris a aceitar a recontagem manual. "É o único meio de determinar a exatidão da apuração", disse.
Os republicanos defenderam Harris das acusações dos democratas. "Ela seguiu a lei", disse o governador da Flórida, Jeb Bush, irmão de George W. Bush.
Bob Crawford, comissário para a Agricultura da Flórida e membro do comitê eleitoral, afirmou que espera que o resultado final da eleição seja anunciado oficialmente no sábado, depois da contagem dos votos de fora do país.
``É a lei. Mas, se um tribunal como a Suprema Corte ou um tribunal federal nos impedirem, então não anunciaremos'', disse ele.
Na Justiça, Gore pede que a comissão eleitoral seja proibida de anunciar o resultado final antes que a recontagem manual nos três condados (Miami-Dade, Palm Beach e Broward) esteja encerrada.
A Suprema Corte da Flórida, que rejeitou ontem uma petição da republicana Harris para impedir a recontagem manual, deve decidir se esse tipo de recontagem é legal, a pedido do condado de Palm Beach. Se Palm Beach obtiver sinal verde da Suprema Corte, pretende retomar a recontagem manual.
Leia mais no especial Eleições nos EUA
Entenda as ações judiciais entre Gore e Bush na Flórida
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em Tallahassee
Um "furacão" jurídico atingiu hoje a Flórida, com os tribunais tendo de fazer julgamentos cruciais para determinar os próximos passos da confusa batalha legal que definirá o 43° presidente dos Estados Unidos.
Nove dias depois da eleição presidencial, a secretária de Estado da Flórida, a republicana Katherine Harris, anunciou na noite de ontem que não aceitaria mais recontagens manuais.
Os democratas acreditam que uma recontagem desse tipo poderia reverter a estreita vantagem que o republicano George W. Bush tem sobre Al Gore na Flórida _de apenas 300 votos. Quem vencer na Flórida será o novo presidente norte-americano.
Faltam ainda ser contados os votos de eleitores que votaram no exterior. A secretária espera anunciar a decisão final, incluindo esses votos, no sábado (18). Mas a campanha de Gore já entrou na Justiça para tentar barrar essa decisão.
Os democratas queriam que fosse incluída na contagem final a recontagem manual dos condados de Miami-Dade, Broward e Palm Beach. Uma decisão judicial havia determinado que a secretária de Estado poderia incluir ou não a recontagem na apuração definitiva, mas deveria apresentar justificativa para sua decisão.
Baseados nisso, os democratas entraram com uma ação em Tallahassee alegando que Harris agiu arbitrariamente ao negar a inclusão da recontagem, contrariando a decisão judicial.
Dexter Douglass, advogado da campanha de Gore, disse que o próximo passo seria forçar Harris a aceitar a recontagem manual. "É o único meio de determinar a exatidão da apuração", disse.
Os republicanos defenderam Harris das acusações dos democratas. "Ela seguiu a lei", disse o governador da Flórida, Jeb Bush, irmão de George W. Bush.
Bob Crawford, comissário para a Agricultura da Flórida e membro do comitê eleitoral, afirmou que espera que o resultado final da eleição seja anunciado oficialmente no sábado, depois da contagem dos votos de fora do país.
``É a lei. Mas, se um tribunal como a Suprema Corte ou um tribunal federal nos impedirem, então não anunciaremos'', disse ele.
Na Justiça, Gore pede que a comissão eleitoral seja proibida de anunciar o resultado final antes que a recontagem manual nos três condados (Miami-Dade, Palm Beach e Broward) esteja encerrada.
A Suprema Corte da Flórida, que rejeitou ontem uma petição da republicana Harris para impedir a recontagem manual, deve decidir se esse tipo de recontagem é legal, a pedido do condado de Palm Beach. Se Palm Beach obtiver sinal verde da Suprema Corte, pretende retomar a recontagem manual.
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