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24/11/2000 - 21h38

Vaticano pede para EUA rejeitar caso sobre ouro nazista

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da Reuters
em San Francisco

O Banco do Vaticano pediu a um tribunal dos Estados Unidos que rejeitasse o processo que o acusava de ter recebido ouro e outros bens roubados pelo regime nazista. O banco alegou que o Vaticano tem imunidade porque é um Estado independente, disseram advogados do caso hoje.

A ação acusa o Banco do Vaticano, em conjunto com a Ordem Franciscana e com o Banco Nacional Suíço, de lavagem de centenas de milhões de dólares em ouro e outros bens confiscados pelo brutal regime de Ustasha na Croácia entre os anos de 1941 e 1945. Ustasha era um dos aliados do nazismo.

A Ordem Franciscana também pediu ao tribunal que dispensasse o caso. O Banco Nacional Suíço ainda não se pronunciou.

O Vaticano também pediu ao governo dos EUA, no mês passado, para que intervisse no caso, o que foi considerado pela acusação como uma tentativa de negociação.

``Não está claro o que eles estão pedindo, mas talvez eles estejam querendo negociar'', disse o advogado de um dos reclamantes, Jonathan Levy.

Mas o diretor-executivo do Congresso Mundial Judeu, Elan Steinberg, disse hoje que duvidava que o governo dos EUA atendesse o pedido do Vaticano. Ele afirmou que o governo dos EUA somente envolveu-se em casos semelhantes quando os acusados expressaram uma vontade de cooperar e chegar a um acordo. Este não é o caso do Vaticano, que até agora não abriu seus arquivos do tempo da guerra, acrescentou.

O processo, entregue formalmente em novembro de 1999, pede a restituição e a contabilidade de todos os bens confiscados. Ele também acusa o Vaticano e outros bancos de secretamente ajudar a transferir dinheiro do tesouro de Ustasha para fora da Iugoslávia. Segundo a acusação estes recursos foram usados para ajudar criminosos de guerra croatas e nazistas a escapar da Europa depois do fim da guerra.

Apesar dos documentos anexados ao processo implicarem o Vaticano em lavagem de dinheiro e receptação de ouro nazista confiscado, Steinberg classificou a ação de ``fraca''.

``Este caso não vai ao centro do envolvimento do Vaticano'', disse Steinberg.
 

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