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27/11/2000 - 17h48

Bush age como presidente eleito e Gore discute nos tribunais

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da AP
em Washington

O governador George W. Bush procurou assumir hoje as atividades de um presidente eleito. Sem ter, todavia, a confirmação definitiva de
sua eleição, Bush assim mesmo instruiu um alto assessor para que se encarregue de discutir o processo de transição na Casa Branca.

Imediatamente, o candidato democrata Al Gore questionou legalmente a vitória de seu rival na Flórida ressaltando que "não se fez a econtagem" de milhares de votos.

O sistema norte-americano depende de "uma eleição em que se faça a recontagem de cada voto", afirmou Al Gore em uma conferência interativa na TV com os líderes democratas no Congresso.

"Bem que poderíamos abrir nosso escritório de transição", disse Andy Card, escolhido por Bush para trabalhar como secretario de sua possível presidência.

A agência do governo encarregada de facilitar a transição oficial disse, entretanto, que não entregará os escritórios nem as verbas correspondentes aos republicanos. Mas, segundo explicou Card, "sabemos que o importante é seguir adiante".

Hoje à tarde, os advogados de Gore foram a um tribunal em Tallahassee para questionar formalmente os resultados das eleições nos condados de Palm Beach, Miami-Dade e Nassau.

Pediram ao tribunal "certificar que os resultados verdadeiros e precisos das eleições presidenciais de 2000 na Flórida indicam que os democratas foram os ganhadores.

"O total de votos informado na certificação da comissão de apuração eleitoral em 26 de novembre de 2000 é errôneo", sustentaram os advogados de Gore. "O certificado inclui votos ilegais e omite votos legais que foram recusados de forma imprópria.

O número deles é mais do que suficiente para pôr em dúvida, e por certo mudar, o resultado das eleições".

Os líderes do Partido Democrata viajaram hoje à Flórida para prestar seu apoio ao vice-presidente Al Gore.

O líder democrata na Câmara de Representantes, Dick Gephardt, disse que a vitória de Bush na Flórida, tal como foi certificada ontem pela secretária de estado da Flórida, era "incompleta e imprecisa, e é prematuro para qualquer dos lados declarar a vitória ou admitir a derrota, porque o fato é que na verdade não estão incluídos todos os votos".

Gephardt e o líder democrata no Senado, Tom Daschle, participaram de uma conferência coletiva de imprensa, televisada para todo o país, organizada pelos assessores eleitorais de Gore.

O democrata agradeceu aos líderes seu apoio, e disse que "segundo a legislação da Flórida, a lei estipula que quando todos os votos não tenham sido contados, pode-se ir à justiça e dizer: "Vejam, esta é a
situação; revisem-na e façam o que devem fazer. E isto é essencialmente o que estamos querendo dos tribunais", afirmou.

Os republicanos disseram que os advogados de Bush lutarão energicamente contra o recurso legal de Gore, mas que não apresentarão ações próprias fora dos condados que o vice-presidente escolheu para sua batalha: Palm Beach, Miami-Dade e Nassau.

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