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01/12/2000 - 19h59

Noventa minutos decidirão a eleição nos EUA

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da Reuters
em Washington

A Suprema Corte dos Estados Unidos interferiu hoje pela primeira vez numa eleição presidencial, num caso que pode afundar as esperanças do democrata Al Gore ou jogá-lo numa batalha jurídica maior.

Quando a sessão reuniu-se 24 dias após a disputada eleição, estavam em jogo o prestígio dos nove juízes e da corte, e as esperanças dos dois candidatos _Gore, o vice-presidente, e o republicano George W. Bush, governador do Texas.

Na sala ornamentada com mármore, os nove integrantes da Suprema Corte, vestidos com mantos negros, questionaram vigorosamente os advogados dos dois lados.

Sete dos juízes foram indicados por republicanos e dois por democratas. Mesmo assim, a corte costuma ficar dividida, com uma pequena maioria conservadora.

O advogado de Bush, Theodore Olson, argumentou que a Suprema Corte da Flórida abusou de sua autoridade quando decidiu por unanimidade, há duas semanas, ampliar o prazo para a recontagem manual dos votos no Estado.

Como resultado, a margem de vitória de Bush na Flórida caiu de 930 para 537 votos. Estão em jogo os 25 votos da Flórida no colégio eleitoral que elege o presidente dos Estados Unidos.

O advogado de Gore, Laurence Tribe, argumentou que a decisão da Flórida garantiu que todos os votos fossem contados. Mas dois juízes manifestaram preocupação.

"Não vejo nada no texto do estatuto que requeira uma recontagem manual", disse Antonin Scalia.

Sandra Day O'Connor disse que a decisão atrasou o prazo para a confirmação no resultado na Flórida. "Com certeza a data mudou. Isso é uma mudança dramática", disse.

Outros juízes questionaram por que a Corte Federal deveria se envolver num típico caso estadual.

Cerca de 400 pessoas estavam na corte, incluindo os quatro filhos de Gore, seu principal assessor de campanha, William Daley, e um monte de membros do Congresso.

Depois de 90 minutos, a audiência terminou. A decisão deve ser anunciada nos próximos dias.

O colégio eleitoral se reunirá no dia 18 de dezembro para eleger o 43o. presidente dos Estados Unidos.

Na segunda-feira (27), a corte do condado de Leon decidirá se serão anulados mais de 15 mil votos de Seminole. Estes votos são de pessoas que não vivem no local, e funcionários do Partido Republicano teriam alterado dados nos formulários de votação destas cédulas.

O advogado Olson disse que pode haver caos se as cortes estaduais mudarem uma lei depois da realização das eleições. Ele culpou a Suprema Corte da Flórida por criar tumulto e "caos pós-eleitoral".

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