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03/12/2000 - 11h59

Violência entre menores aumenta no Reino Unido

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da France Presse
em Londres

O assassinato há uma semana, no Reino Unido, de um menino de dez anos que voltava do colégio, reativou o debate sobre a violência entre menores. As associações de defesa da infância dizem que não há dúvidas de que a violência entre menores aumentou e adquiriu uma amplitude preocupante.

Em seu primeiro informe anual, a entidade Childline havia assinalado que, em 1999, 22.232 crianças angustiadas tinham se queixado a seus professores e parentes de que eram vítimas de "bulying" (termo que inclui agressões físicas, insultos e atos vexatórios) por parte de outros estudantes. A entidade advertiu que "alguns desses menores chegam inclusive a pensar em suicídio".

"Os sindicatos de professores comprovaram um aumento da violência entre menores. Também há mais armas, principalmente navalhas (entre os adolescentes)", afirmou o sindicalista Nigel de Gruchy.

A morte de Damilolo Taylor foi o novo detonador deste alarme popular e institucional. Dois adolescentes, de 12 e 13 anos, e uma mulher de 39, detidos ontem para ser interrogados no processo de investigação sobre o assassinato de Taylor, terminaram sendo libertados sob fiança. No dia da morte de Taylor, várias testemunhas viram três meninos fugindo do local do crime.

O menino nigeriano foi esfaqueado na última segunda-feira quando voltava da escola. Mesmo com o pescoço cortado, a vítima se arrastou até o edifício onde residia com sua mãe, em um bairro marginal londrino, mas acabou morrendo quando era levado em ambulância para um hospital.

Na mesma manhã da morte de Damilolo, sua mãe se queixou ao diretor do colégio onde estudava, afirmando que seu filho era sistematicamente insultado e espancado por outros colegiais.

Atualmente, 25% dos alunos britânicos têm medo de ir ao colégio porque são vítimas de violência, segundo o Ministério da Educação, que prometeu divulgar no próximo mês um amplo programa de luta contra a violência escolar.
 

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