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06/12/2000
-
15h32
da AP
em Tallahasse
Um julgamento crucial para as intenções de Al Gore de conseguir a Presidência começou hoje, com os democratas questionando no condado de Seminole mais de 15 mil cédulas eleitorais enviadas pelo correio que ajudaram a dar a George W. Bush uma estreita vantagem na Flórida.
"Creio que não há dúvida alguma de que neste caso a lei foi violada por parte de funcionários eleitorais republicanos", disse o advogado democrata Gerald Richman em sua alegação inicial.
Richman afirmou que ao se acrescentar os números de identificação de eleitores nas solicitações de votos pelo correio, os funcionários republicanos agiram não só com "descuido ou negligência", como também com a motivação de obter uma vantagem desleal sobre os democratas.
Por sua parte, uma juíza do condado de León, Nikki Clark, começou o processo do condado de Seminole reprovando uma solicitação republicana de um juízo com jurados. Clark indicou que sua investigação conclui que "não há direito a um juízo com jurados" neste tipo de caso. Nikki Clark também rechaçou um pedido de que a ação não fosse reconhecida.
Um outro juiz do condado de León, Terry Lewis, ouviu primeiramente hoje moções em um caso de impugnação de quase 10 mil votos de eleitores do exterior no condado de Martin, mas ordenou um recesso de 90 minutos para permitir que os advogados republicanos participassem do caso do condado de Seminole.
Os democratas afirmam que os funcionários republicanos acrescentaram ilegalmente os números de identificação dos eleitores às solicitações incompletas de votos pelo correio apresentadas por eleitores republicanos em ambos os condados.
Os advogados afirmaram além disso que, em Seminole, as solicitações apresentadas pelos democratas sem essa informação foram simplesmente descartadas.
Os advogados do candidato republicano George W. Bush disseram que mesmo tendo acrescentado os números de identificação às solicitações de votos pelo correio, os sufrágios apesar disso não se tornaram ilegais.
"Em nenhum momento se afirma nesta ação que se haja emitido um só voto por parte de um eleitor não habilitado para tal", disse o advogado de Bush, Barry Richard.
Um advogado que representa os eleitores do condado de Martin, Robert Harper, disse que o voto dos cidadãos ausentes é um privilégio, não é um direito, e que o processo deve se conduzir de maneira adequada.
Os advogados dos democratas também disseram que os republicanos do condado de Martin não só alteraram as planilhas de solicitação de votos pelo correio, como também permitiram que os papéis saíssem do gabinete do supervisor eleitoral. Bush derrotou Gore por 2.815 votos de cidadãos ausentes no condado de Martin.
A demanda, apresentada pelo eleitor democrata Harry Jacobs, afirma que a supervisora eleitoral Sandy Goard permitiu que os republicanos acrescentassem ilegalmente dados a 2.130 cédulas.
Bush recebeu 4.797 votos de ausentes a mais que Gore nesse condado, que é de maioria republicana. O governador do Texas tem no momento uma vantagem de 537 votos sobre Al Gore na Flórida.
Leia mais no especial Eleições nos EUA
Advogados dizem que votos para Gore foram descartados
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Um julgamento crucial para as intenções de Al Gore de conseguir a Presidência começou hoje, com os democratas questionando no condado de Seminole mais de 15 mil cédulas eleitorais enviadas pelo correio que ajudaram a dar a George W. Bush uma estreita vantagem na Flórida.
"Creio que não há dúvida alguma de que neste caso a lei foi violada por parte de funcionários eleitorais republicanos", disse o advogado democrata Gerald Richman em sua alegação inicial.
Richman afirmou que ao se acrescentar os números de identificação de eleitores nas solicitações de votos pelo correio, os funcionários republicanos agiram não só com "descuido ou negligência", como também com a motivação de obter uma vantagem desleal sobre os democratas.
Por sua parte, uma juíza do condado de León, Nikki Clark, começou o processo do condado de Seminole reprovando uma solicitação republicana de um juízo com jurados. Clark indicou que sua investigação conclui que "não há direito a um juízo com jurados" neste tipo de caso. Nikki Clark também rechaçou um pedido de que a ação não fosse reconhecida.
Um outro juiz do condado de León, Terry Lewis, ouviu primeiramente hoje moções em um caso de impugnação de quase 10 mil votos de eleitores do exterior no condado de Martin, mas ordenou um recesso de 90 minutos para permitir que os advogados republicanos participassem do caso do condado de Seminole.
Os democratas afirmam que os funcionários republicanos acrescentaram ilegalmente os números de identificação dos eleitores às solicitações incompletas de votos pelo correio apresentadas por eleitores republicanos em ambos os condados.
Os advogados afirmaram além disso que, em Seminole, as solicitações apresentadas pelos democratas sem essa informação foram simplesmente descartadas.
Os advogados do candidato republicano George W. Bush disseram que mesmo tendo acrescentado os números de identificação às solicitações de votos pelo correio, os sufrágios apesar disso não se tornaram ilegais.
"Em nenhum momento se afirma nesta ação que se haja emitido um só voto por parte de um eleitor não habilitado para tal", disse o advogado de Bush, Barry Richard.
Um advogado que representa os eleitores do condado de Martin, Robert Harper, disse que o voto dos cidadãos ausentes é um privilégio, não é um direito, e que o processo deve se conduzir de maneira adequada.
Os advogados dos democratas também disseram que os republicanos do condado de Martin não só alteraram as planilhas de solicitação de votos pelo correio, como também permitiram que os papéis saíssem do gabinete do supervisor eleitoral. Bush derrotou Gore por 2.815 votos de cidadãos ausentes no condado de Martin.
A demanda, apresentada pelo eleitor democrata Harry Jacobs, afirma que a supervisora eleitoral Sandy Goard permitiu que os republicanos acrescentassem ilegalmente dados a 2.130 cédulas.
Bush recebeu 4.797 votos de ausentes a mais que Gore nesse condado, que é de maioria republicana. O governador do Texas tem no momento uma vantagem de 537 votos sobre Al Gore na Flórida.
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