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07/12/2000 - 20h46

Advogado diz que houve conspiração para beneficiar Bush na Flórida

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da AP
em Tallahassee (Flórida, EUA)

Edward Stafman, advogado de eleitores do condado de Martin, na Flórida, afirmou hoje perante o juiz Terry Lewis que "houve uma conspiração clandestina e sinistra para ajudar o candidato republicano George W. Bush".

Um ex-agente da CIA disse que tentou ajudar os eleitores republicanos e a supervisora eleitoral do condado de Seminole, Sandra Goard, confessou que permitiu os republicanos corrigir planilhas incompletas de solicitações para votar através dos correios.

A juíza do condado de León, Nikki Clark, ouvia esta tarde as alegações finais, enquanto se concluíam igualmente as alegações do condado de Martin, e o juiz Terry Lewis adiantava que pronunciaria sua sentença amanhã.

Bush ganhou a votação dos eleitores ausentes por uma margem de 4.797 votos em Seminole e 2.815 votos em Martin. A anulação de tais resultados poria em perigo a vantagem de 537 votos de Bush registrada na certificação estadual.

No tribunal do condado de León, os advogados dos eleitores que acusam os republicanos de alterar as solicitações de votos pelo correio pediram aos juízes que descartassem cerca de 25.000 votos de cidadãos ausentes dos condados de Seminole e de Martin.

Já os advogados dos condados e dos republicanos pediram ao contrário aos juízes que não descartassem os votos dos eleitores ausentes, ao alegarem que os eleitores não tiveram controle algum sobre o que ocorreu e não devem perder por isso seu direito ao sufrágio.

Os números de identificação dos eleitores foram deixados em branco devido a erros de computadores, no condado de Seminole, enquanto que no condado de Martin se inscreveram números errados.

A lei eleitoral da Flórida proíbe o envio de cédulas pelo correio sem os números corretos de identificação do votante.

No caso do condado de Seminole, a supervisora eleitoral Sandra Goard admitiu que permitiu aos funcionários republicanos anotar os números que faltavam e disse que era a primeira vez que outorgava tal autorização. "Nunca havia recebido uma petição para fazer tal coisa", declarou. Sandra revelou ainda que os democratas não haviam pedido a mesma autorização.

  • Leia mais no especial Eleições nos EUA

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