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11/12/2000 - 19h08

Parlamentares da Flórida podem indicar eleitores pró-Bush

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da Reuters
em Tallahassee (EUA)

Parlamentares da Flórida trabalharam hoje pela criação de uma lista alternativa de eleitores que votarão a favor do republicano George W. Bush no Colégio Eleitoral dos Estados Unidos se a disputa em torno das eleições presidenciais na Flórida não for resolvida a tempo para que o corpo de delegados do Estado possa reunir-se.

Comissões da Câmara e do Senado da Flórida devem votar a decisão sobre a intervenção do Legislativo no sufrágio presidencial no Estado ainda hoje.

Bush vence a eleição por uma vantagem de algumas centenas de votos sobre o democrata Al Gore, e a campanha de Gore tem tentado conseguir votos a mais pedindo recontagens manuais de votos em cédulas que não foram consideradas pelas máquinas.

Depois de semanas de batalhas jurídicas, a Suprema Corte dos EUA ouviu argumentos republicanos contra uma ordem da Suprema Corte da Flórida que ordenou uma contagem manual de milhares de votos.

Se a Suprema Corte dos EUA levantar seu bloqueio temporário contra as contagens manuais e apoiar a decisão da Justiça estadual, as esperanças de vitória de Gore na Flórida seriam renovadas. O Estado detém 25 votos no Colégio Eleitoral dos EUA, necessários para que qualquer um dos candidatos seja declarado como novo presidente do país.

Como a disputa judicial ainda está indefinida, apesar do prazo para que a Flórida aponte o vencedor das eleições no Estado acabar amanhã, os parlamentares da Câmara e do Senado da Flórida resolveram estudar a escolha de um corpo alternativo de delegados eleitorais no Estado para decidir a eleição.

As resoluções, se aprovadas, vão passar a ter efeito legal sem precisar da assinatura do governador Jeb Bush, irmão de George W. Bush.

Líderes republicanos em ambas as Casas Legislativas disseram que estão agindo puramente em resposta a um conjunto de circunstâncias que exigem a ação sem precedentes da escolha dos delegados eleitorais do Estado.

Já parlamentares democratas disseram que a escolha de delegados fiéis a George W. Bush já existe e por isso não é preciso mais proteção ao candidato.

Bruce Ackerman, um professor de direito da universidade norte-americana de Yale, disse que os parlamentares do Estado devem tomar cuidado nesta nova fronteira constitucional dos EUA, afirmando que os efeitos podem ser muito mais abrangentes do que atingir apenas os resultados da eleição presidencial deste ano.

``Uma vez que o gênio esteja solto da garrafa, as legislaturas de todo o país vão usar o precedente da Flórida para atacar as Justiças estaduais sempre que juízes decidam por recontagens que vão contra os desejos da maioria legislativa de cada Estado.''

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