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11/01/2001
-
11h27
FELICITY BARRINGER
do "The New York Times"
Depois de várias semanas de negociações, a mídia norte-americana acabou criando dois grupos independentes para examinar os votos para a Presidência dos EUA que foram rejeitados pelos computadores na Flórida.
O maior consórcio conta com oito empresas e inclui os jornais "The New York Times", "The Washington Post", "The Wall Street Journal" e a rede de TV CNN. Eles contrataram o Centro de Pesquisa de Opinião Nacional para examinar cerca de 180 mil votos em todo o Estado.
O segundo grupo é liderado pelo jornal "The Miami Herald" e obteve esta semana a adesão do "USA Today". O "Herald" está examinando 60 mil votos em cada condado da Flórida há mais de três semanas.
Os esforços para unir a mídia num único projeto fracassaram por causa de divergências em torno de questões como o tipo de voto a ser contado, a metodologia usada, o número de escrutinadores e quem seria o coordenador dos trabalhos.
Mas, mesmo na forma bifurcada, o esforço para examinar os votos é um dos maiores projetos conjuntos já realizados num ramo tão competitivo como o da mídia, onde as reportagens exclusivas são extremamente valorizadas. As três maiores redes de TV do país preferiram não participar.
"Estamos surpresos com o fato de até mesmo termos negociado com pessoas com quem competimos historicamente", disse John Broder, um dos editores do "The New York Times" e porta-voz do maior consórcio. "A relutância inicial foi vencida pelo custo da operação, estimada em mais de US$ 500 mil, e pelo desafio logístico de organizar a revisão dos votos em 67 condados num Estado tão grande", explicou Broder.
Os republicanos criticaram a iniciativa, dizendo ser muito difícil encontrar um método justo de recontagem. Segundo eles, a revisão dos votos poderá provocar confusão se o resultado colocar em dúvida a legitimidade da vitória de George W. Bush.
O democrata Al Gore concedeu a derrota para Bush em 13 de dezembro, 36 dias depois da eleição, após a Suprema Corte dos EUA ter impedido recontagem manual na Flórida solicitada pelo democrata. Bush venceu no Estado por uma diferença de 537 votos num universo de 6 milhões de eleitores.
O presidente Bill Clinton disse anteontem, em encontro em Chicago, que "Bush só ganhou as eleições porque os republicanos pararam a recontagem".
Mídia dos EUA forma dois grupos para examinar os votos na Flórida
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do "The New York Times"
Depois de várias semanas de negociações, a mídia norte-americana acabou criando dois grupos independentes para examinar os votos para a Presidência dos EUA que foram rejeitados pelos computadores na Flórida.
O maior consórcio conta com oito empresas e inclui os jornais "The New York Times", "The Washington Post", "The Wall Street Journal" e a rede de TV CNN. Eles contrataram o Centro de Pesquisa de Opinião Nacional para examinar cerca de 180 mil votos em todo o Estado.
O segundo grupo é liderado pelo jornal "The Miami Herald" e obteve esta semana a adesão do "USA Today". O "Herald" está examinando 60 mil votos em cada condado da Flórida há mais de três semanas.
Os esforços para unir a mídia num único projeto fracassaram por causa de divergências em torno de questões como o tipo de voto a ser contado, a metodologia usada, o número de escrutinadores e quem seria o coordenador dos trabalhos.
Mas, mesmo na forma bifurcada, o esforço para examinar os votos é um dos maiores projetos conjuntos já realizados num ramo tão competitivo como o da mídia, onde as reportagens exclusivas são extremamente valorizadas. As três maiores redes de TV do país preferiram não participar.
"Estamos surpresos com o fato de até mesmo termos negociado com pessoas com quem competimos historicamente", disse John Broder, um dos editores do "The New York Times" e porta-voz do maior consórcio. "A relutância inicial foi vencida pelo custo da operação, estimada em mais de US$ 500 mil, e pelo desafio logístico de organizar a revisão dos votos em 67 condados num Estado tão grande", explicou Broder.
Os republicanos criticaram a iniciativa, dizendo ser muito difícil encontrar um método justo de recontagem. Segundo eles, a revisão dos votos poderá provocar confusão se o resultado colocar em dúvida a legitimidade da vitória de George W. Bush.
O democrata Al Gore concedeu a derrota para Bush em 13 de dezembro, 36 dias depois da eleição, após a Suprema Corte dos EUA ter impedido recontagem manual na Flórida solicitada pelo democrata. Bush venceu no Estado por uma diferença de 537 votos num universo de 6 milhões de eleitores.
O presidente Bill Clinton disse anteontem, em encontro em Chicago, que "Bush só ganhou as eleições porque os republicanos pararam a recontagem".
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