Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/01/2001 - 17h30

Defesa de Pinochet promete apelar de prisão; esquerda comemora

Publicidade

da Reuters
em Santiago

Advogados do ex-ditador do Chile Augusto Pinochet afirmaram hoje que o pedido de prisão domiciliar e de abertura de processo contra o general é uma ``decepção'', devido às suas condições de saúde.

``As cortes foram usadas para permitir um julgamento político e por isso usaremos todas as ferramentas à disposição para encarar o assunto como político'', disse Guillermo Garin, membro da equipe de defesa de Pinochet.

A defesa do general deverá recorrer contra o pedido de prisão e de julgamento, feito hoje pelo juiz Juan Guzmán.

Mas até esta tarde eles não haviam anunciado que tipo de atitude legal tomarão.

Luis Cortes Villa, chefe da Fundação Pinochet, responsável pela imagem do general, convocou para amanhã uma manifestação de apoio ao general.

Já as organizações de defesa dos direitos humanos comemoraram a atitude do juiz. ``Sem dúvida é um dia histórico'', disse aos jornalistas a advogada Carmen Hertz.

``A estrada para a justiça se abre no nosso país'', completou.

``O resultado é maravilhoso'', disse Gladys Marin, líder do Partido Comunista, cujo marido foi vítima da violência durante a era Pinochet.
``Depois de tantos anos, nossa luta não foi em vão'', disse.

A notícia do pedido de prisão foi comemorada em frente à principal corte de Santiago. Manifestantes carregavam bandeiras e cartazes contra Pinochet e pediam sua prisão imediata.

Guzmán ordenou hooje a prisão domiciliar de Pinochet e a abertura de processo por homicídio e sequestro qualificado, informaram os advogados de acusação.

O juiz, que analisa 215 acusações contra Pinochet, tomou a decisão depois de ter interrogado o general na última terça-feira (23). No depoimento, Pinochet negou responsabilidade pelos crimes.

O general seria processado por 74 mortes e sequestros ocorridos durante a chamada ``Caravana da Morte'', uma expedição militar que percorreu o país nas semanas seguintes ao golpe que lhe deu o poder, em 1973.

Leia mais sobre o caso Pinochet na Folha Online
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página