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06/02/2001 - 15h55

Paraguai pedirá revisão do asilo de Stroessner ao Brasil

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Reuters - 17.fev.2000
Alfredo Stroessner, ex-ditador paraguaio que vive no Brasil

da France Presse
Assunção

Membros da Comissão de Direitos Humanos do Senado do Paraguai pedirão ao novo chanceler brasileiro, Celso Lafer, a revisão do asilo concedido ao ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner, que vive em Brasília, segundo o jornal "ABC", de Assunção.

O presidente do grupo de trabalho legislativo, o senador Luis Alberto Mauro, disse ao jornal que terá uma reunião com o embaixador brasileiro em Assunção, Luiz Augusto de Castro Neves, "para ver a possibilidade de que uma delegação parlamentar converse no Brasil com o chanceler brasileiro Celso Lafer", que visitará o Paraguai no dia 13 de fevereiro.

Mauro acrescentou que se reuniu com diversas organizações de direitos humanos, com as quais acordou "acumular toda a documentação possível e apresentá-la às autoridades do Brasil".

Os senadores reunirão dados sobre violações aos direitos humanos, para fundamentar o pedido de que o Brasil não renove o asilo de Stroessner (1954-1989), e para que ele seja extraditado e julgado no Paraguai.

Na próxima semana também chegará ao Paraguai o deputado brasileiro Marcos Rolim, que no ano passado esteve em Assunção investigando os registros da polícia política da ditadura paraguaia -conhecidos como Arquivos do Terror- e que pedirá o fim da condição de asilado de Stroessner, quando em meados deste ano a Chancelaria brasileira fizer sua revisão.

Por sua parte, o juiz Rubén Frutos, que investiga um caso de desaparecimento durante a ditadura, pediu à Chancelaria paraguaia que informe sobre a situação jurídica do ex-presidente paraguaio no Brasil, para assim poder realizar ou não um pedido de extradição.

O advogado de Stroessner, o ex-deputado Iran Von Leppel, contestou a imprensa hoje, no Palácio de Justiça, e disse que Alfredo Stroessner "vai voltar (ao Paraguai) quando quiser" e esclareceu que o ex-ditador "tem vontade de voltar".

O ex-presidente vive exilado em Brasília desde que foi deposto em fevereiro de 1989.



 

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