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06/02/2001
-
20h16
da France Presse
em Jerusalém
O líder da direita nacionalista israelense, Ariel Sharon, 72 anos, que deve ser eleito hoje primeiro-ministro, deve conseguir uma grande vitória, mas inconcebível meses atrás.
Sharon se apresentou aos israelenses, desorientados pela revolta palestina, como o homem que trará a "unidade", a "paz verdadeira" e principalmente a "segurança".
Mas, como bom estrategista, ele se cuidou para não definir os meios através dos quais pretende obter tudo isso. Sua única garantia é a experiência acumulada nas guerras contra os árabes e seus diferentes postos ministeriais. "Conheço bem os árabes e eles me conhecem bem", gosta de repetir.
Nasceu em 1928, na Palestina, filho de pais originários da Bielorrússia, Sharon se alistou no Exército aos 17 anos e foi ferido duas vezes. Sua carreira é muito controvertida e está estigmatizada pela desastrosa guerra do Líbano.
Como ministro da Defesa, preparou e dirigiu em 1982 a invasão do Líbano, colocando o Governo israelense ante um fato consumado, segundo historiadores e pesquisadores.
Uma comissào de investigação oficial reconheceu sua "responsabilidade indireta" nos massacres dos acampamentos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, em setembro de 1982, por uma milícia cristã. As recomendações desta comissão o obrigaram, na época, a deixar o posto de ministro.
Apesar de agora deixar bem menos evidentes suas convicções ultranacionalistas, nada indica que defensor do "Grande Israel" e da colonização tenha renegado a suas posições.
Dessa forma, chamou o presidente da Autoridade Palestina Iasser Arafat de "assassino" e "mentiroso" e prometeu não retirar a população de nenhuma das colônias judias.
Regularmente acusa a esquerda israelense de capitular frente aos árabes, apresentando-se como uma garantia da "unidade de Jerusalém", cuja parte oriental foi ocupada e anexada por Israel em 1967. E jamais expressou o mínimo arrependimento ou pesar por sua visita à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém Oriental, em 28 de setembro passado, o detonador da nova Intifada.
No que diz respeito aos palestinos, sempre considerou que a pátria palestina se encontra na Jordânia, apesar de ter aceito a criação de um Estado palestino que cobriria menos de 50% da Cisjordânia e seria desarmado e privado do controle dos recursos hídricos.
Leia mais sobre o conflito no Oriente Médio
Ariel Sharon deve vencer apesar de passado polêmico
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em Jerusalém
Reuters - 30.out.2000 |
Ariel Sharon, candidato a premiê de Israel |
O líder da direita nacionalista israelense, Ariel Sharon, 72 anos, que deve ser eleito hoje primeiro-ministro, deve conseguir uma grande vitória, mas inconcebível meses atrás.
Sharon se apresentou aos israelenses, desorientados pela revolta palestina, como o homem que trará a "unidade", a "paz verdadeira" e principalmente a "segurança".
Mas, como bom estrategista, ele se cuidou para não definir os meios através dos quais pretende obter tudo isso. Sua única garantia é a experiência acumulada nas guerras contra os árabes e seus diferentes postos ministeriais. "Conheço bem os árabes e eles me conhecem bem", gosta de repetir.
Nasceu em 1928, na Palestina, filho de pais originários da Bielorrússia, Sharon se alistou no Exército aos 17 anos e foi ferido duas vezes. Sua carreira é muito controvertida e está estigmatizada pela desastrosa guerra do Líbano.
Como ministro da Defesa, preparou e dirigiu em 1982 a invasão do Líbano, colocando o Governo israelense ante um fato consumado, segundo historiadores e pesquisadores.
Uma comissào de investigação oficial reconheceu sua "responsabilidade indireta" nos massacres dos acampamentos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, em setembro de 1982, por uma milícia cristã. As recomendações desta comissão o obrigaram, na época, a deixar o posto de ministro.
Apesar de agora deixar bem menos evidentes suas convicções ultranacionalistas, nada indica que defensor do "Grande Israel" e da colonização tenha renegado a suas posições.
Dessa forma, chamou o presidente da Autoridade Palestina Iasser Arafat de "assassino" e "mentiroso" e prometeu não retirar a população de nenhuma das colônias judias.
Regularmente acusa a esquerda israelense de capitular frente aos árabes, apresentando-se como uma garantia da "unidade de Jerusalém", cuja parte oriental foi ocupada e anexada por Israel em 1967. E jamais expressou o mínimo arrependimento ou pesar por sua visita à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém Oriental, em 28 de setembro passado, o detonador da nova Intifada.
No que diz respeito aos palestinos, sempre considerou que a pátria palestina se encontra na Jordânia, apesar de ter aceito a criação de um Estado palestino que cobriria menos de 50% da Cisjordânia e seria desarmado e privado do controle dos recursos hídricos.
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