Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/03/2001 - 20h05

Petroleiros e professores entram em greve na Venezuela

Publicidade

da Reuters, em Caracas

Sindicatos ligados à oposição iniciaram hoje greves por melhores salários no importante setor petroleiro da Venezuela e nas escolas públicas.

Os problemas para o presidente Hugo Chávez são ainda maiores porque os trabalhadores dos setores elétrico e siderúrgico e os metroviários de Caracas também ameaçam parar, apesar de o governo prometer agir com dureza contra grevistas.

O ministro do Interior, Luis Miquilena, acusou um pequeno grupo de sindicalistas de manipular questões salariais a fim de ganhar apoio político, preparando-se para eleições sindicais marcadas para este ano.

``É uma provocação vulgar'', afirmou Miquilena. ``É uma ação de um pequeno grupo de trabalhadores agindo à margem da lei. Eles não merecem se sentar à mesa de negociações.''

Em um referendo de dezembro, os eleitores aprovaram a proposta de Chávez para convocar eleições sindicais e trocar a cúpula dos sindicatos.

O movimento sindical venezuelano é um dos últimos redutos de oposição a Chávez. Desde que chegou ao poder, há dois anos, o ex-pára-quedista mudou o mapa político do país, rescrevendo a Constituição e jogando no ostracismo os partidos tradicionais.

Na manhã de hoje, cerca de 60 mil petroleiros cruzaram os braços, pondo em risco a produção do terceiro maior exportador mundial de petróleo. A estatal PdVSA diz que pode manter a produção por dez dias.

A Fedepetrol, sindicato que reúne os petroleiros, já impôs duas derrotas a Chávez. Na primeira, em outubro, eles conseguiram 50% de aumento. No começo do ano, a pressão deles resultou em um abono de US$ 3.000.

Também hoje, quase 160 mil professores começaram uma greve de 72 horas, argumentando que um contrato coletivo assinado no ano passado foi violado.

``Não nos orgulhamos disso'', disse Jaime Manzo, presidente da Federação Venezuelana de Professores. Ele disse que a greve continuará além dos três dias previstos se o governo não atender suas reivindicações.

O ministro Miquilena chamou a greve de ``imaginária'' e disse que a ampla maioria dos 6,5 milhões de alunos das escolas públicas assistiram às aulas normalmente hoje.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página