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29/08/2001
-
09h31
da France Presse, no Vaticano
A Santa Sé proporá métodos concretos de reconciliação na Conferência Mundial contra o Racismo, que começa na próxima sexta-feira (31) em Durban (África do Sul), segundo um documento divulgado hoje pelo Vaticano.
O documento representa a "contribuição" oficial da Igreja Católica à conferência. "Perdura a prática da escravidão - especialmente na África - entre pessoas de diferentes etnias, ou em outras partes sob novas formas, mediante a cruel exploração de menores, prostitutas ou imigrantes clandestinos", diz o comunicado.
Para conseguir a reconciliação nos países destruídos e divididos por graves conflitos, segundo o Vaticano, em primeiro lugar é preciso "dominar o peso da história com seu cortejo de temores e ressentimentos, de suspeitas entre famílias, grupos étnicos e populações".
"É preciso admitir o mal que se fez e, na medida do possível, repará-lo", afirma o documento da Santa Sé, que estará representada em Durban pelo chefe da delegação, o arcebispo irlandês Diarmuid Martin.
Para o arcebispo Martin, "a primeira exigência é o respeito à verdade. A mentira, a deslealdade, a corrupção, a manipulação ideológica ou política tornam impossível o estabelecimento de relações sociais pacíficas".
O Vaticano diz que juridicamente todo sujeito individual ou coletivo tem direito a uma reparação equitativa e que, quando a indenização se revela inadequada para a reparação de um dano moral, o ressarcimento poderá ser moral. "Nesse caso, poderá tratar-se, por exemplo, da apresentação de desculpas ou perdão pelo Estado responsável ao Estado vítima", diz o comunicado.
A Santa Sé não propõe soluções para o complexo problema das eventuais indenizações, mas assinala que 'a necessidade de uma reparação reforça a obrigação de ajudar substancialmente o país em vias de desenvolvimento, obrigação que pesa principalmente sobre os países mais desenvolvidos.
Além disso, durante a fase preparatória da Conferência de Durban, a Santa Sé insistiu sobre os problemas dos emigrantes.
O arcebispo Martin disse ontem em uma entrevista para a agência vaticana "Fides" que "os emigrantes sofrem constantemente discriminações por causa da cor da pele".
"Estou convencido de que as migrações são uma das características da sociedade mundializada. É preciso passar de uma atitude de desconfiança em relação ao imigrante para uma visão deste último como pessoa que dá uma contribuição positiva à sociedade", afirmou.
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Vaticano apresenta contribuição à conferência contra racismo
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A Santa Sé proporá métodos concretos de reconciliação na Conferência Mundial contra o Racismo, que começa na próxima sexta-feira (31) em Durban (África do Sul), segundo um documento divulgado hoje pelo Vaticano.
O documento representa a "contribuição" oficial da Igreja Católica à conferência. "Perdura a prática da escravidão - especialmente na África - entre pessoas de diferentes etnias, ou em outras partes sob novas formas, mediante a cruel exploração de menores, prostitutas ou imigrantes clandestinos", diz o comunicado.
Para conseguir a reconciliação nos países destruídos e divididos por graves conflitos, segundo o Vaticano, em primeiro lugar é preciso "dominar o peso da história com seu cortejo de temores e ressentimentos, de suspeitas entre famílias, grupos étnicos e populações".
"É preciso admitir o mal que se fez e, na medida do possível, repará-lo", afirma o documento da Santa Sé, que estará representada em Durban pelo chefe da delegação, o arcebispo irlandês Diarmuid Martin.
Para o arcebispo Martin, "a primeira exigência é o respeito à verdade. A mentira, a deslealdade, a corrupção, a manipulação ideológica ou política tornam impossível o estabelecimento de relações sociais pacíficas".
O Vaticano diz que juridicamente todo sujeito individual ou coletivo tem direito a uma reparação equitativa e que, quando a indenização se revela inadequada para a reparação de um dano moral, o ressarcimento poderá ser moral. "Nesse caso, poderá tratar-se, por exemplo, da apresentação de desculpas ou perdão pelo Estado responsável ao Estado vítima", diz o comunicado.
A Santa Sé não propõe soluções para o complexo problema das eventuais indenizações, mas assinala que 'a necessidade de uma reparação reforça a obrigação de ajudar substancialmente o país em vias de desenvolvimento, obrigação que pesa principalmente sobre os países mais desenvolvidos.
Além disso, durante a fase preparatória da Conferência de Durban, a Santa Sé insistiu sobre os problemas dos emigrantes.
O arcebispo Martin disse ontem em uma entrevista para a agência vaticana "Fides" que "os emigrantes sofrem constantemente discriminações por causa da cor da pele".
"Estou convencido de que as migrações são uma das características da sociedade mundializada. É preciso passar de uma atitude de desconfiança em relação ao imigrante para uma visão deste último como pessoa que dá uma contribuição positiva à sociedade", afirmou.
Leia mais:
Leia mais no especial João Paulo 2º
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