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31/08/2001
-
05h26
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S. Paulo, em Nova York
A ausência do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, na Conferência contra o Racismo, abriu mais flancos para a atuação de seus críticos do que gostaria o presidente George W. Bush.
De acordo com assessores próximos a Powell, o primeiro negro a ocupar o cargo e ele próprio descendente de escravos, a vontade do secretário era de comparecer ao evento, no que foi dissuadido por Bush. Para o presidente, seria melhor desagradar ao eleitorado negro, menos poderoso e mais desorganizado, do que a influente elite político-econômica judaica.
No começo da semana, Powell anunciou que não iria ao encontro por causa da linguagem "ofensiva" contra Israel existente em alguns textos oficiais da conferência. Numa de suas já folclóricas declarações comprometedoras, Bush disse que "os EUA não comparecerão a um encontro que quer denegrir Israel", usando sem querer um verbo considerado politicamente incorreto ("denigrate") pelo movimento negro do país.
Ontem, o governo anunciou que mandaria um funcionário menos graduado, o secretário-assistente Michael Southwick, liderando sua delegação.
A Coalizão Nacional de Negros Americanos por Reparações (N'Cobra) acha que a recusa de Bush se deve ao temor de tornar internacional o cada vez mais forte movimento pela reparação financeira do governo a descendentes de escravos.
A própria N"Cobra abriu ação contra o governo pedindo um total de US$ 440 bilhões para a parte da população negra dos EUA que descende de escravos.
Leia mais no especial sobre a conferência da ONU
George Bush preferiu desagradar a negros
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da Folha de S. Paulo, em Nova York
A ausência do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, na Conferência contra o Racismo, abriu mais flancos para a atuação de seus críticos do que gostaria o presidente George W. Bush.
De acordo com assessores próximos a Powell, o primeiro negro a ocupar o cargo e ele próprio descendente de escravos, a vontade do secretário era de comparecer ao evento, no que foi dissuadido por Bush. Para o presidente, seria melhor desagradar ao eleitorado negro, menos poderoso e mais desorganizado, do que a influente elite político-econômica judaica.
No começo da semana, Powell anunciou que não iria ao encontro por causa da linguagem "ofensiva" contra Israel existente em alguns textos oficiais da conferência. Numa de suas já folclóricas declarações comprometedoras, Bush disse que "os EUA não comparecerão a um encontro que quer denegrir Israel", usando sem querer um verbo considerado politicamente incorreto ("denigrate") pelo movimento negro do país.
Ontem, o governo anunciou que mandaria um funcionário menos graduado, o secretário-assistente Michael Southwick, liderando sua delegação.
A Coalizão Nacional de Negros Americanos por Reparações (N'Cobra) acha que a recusa de Bush se deve ao temor de tornar internacional o cada vez mais forte movimento pela reparação financeira do governo a descendentes de escravos.
A própria N"Cobra abriu ação contra o governo pedindo um total de US$ 440 bilhões para a parte da população negra dos EUA que descende de escravos.
Leia mais no especial sobre a conferência da ONU
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