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14/09/2001
-
16h41
da Folha Online
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, prometeu há um mês eleições gerais e o retorno da democracia para outubro de 2002, quando o golpe de Estado que o levou ao poder faz três anos. As eleições para as duas Casas do Parlamento e para as Assembléias das Províncias vão acontecer de 1º a 11 de outubro de 2002.
O Exército do país governou em 27 dos últimos 54 anos. Musharraf planeja fazer reformas na Constituição do país, atualmente suspensa, para introduzir mecanismos de fiscalização do poder. As mudanças serão feitas após debate público. Acredita-se que ele venha a dar à Presidência mais poder.
Depois de um golpe militar em 12 de outubro de 1999, Musharraf, então chefe das Forças Armadas do país, suspendeu a Constituição e assumiu o cargo de chefe de governo no lugar do primeiro-ministro Mohammad Nawaz Sharif. O então presidente Mohammad Rafiq Tarar continuou a exercer apenas o cargo de chefe de Estado —aquele que representa o país no exterior.
Foi então formado um Conselho Nacional, com oito membros selecionados por Musharraf, que se tornou o órgão supremo do país. O órgão concedeu ao líder militar três anos para que reformas no sistema político fossem realizadas.
A última eleição no país ocorreu no dia 31 de dezembro de 1997. O Parlamento do país, antes formado pelo Senado (87 membros) e pela Assembléia Nacional (217 membros), foi dissolvido por Musharraf durante o golpe. Os partidos políticos, no entanto, têm permissão para funcionar normalmente.
Saiba mais sobre a Índia e o Paquistão
Os dois países são ex-colônias britânicas. Em 1947 conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.
A questão da Caxemira
A partilha feita pelos ingleses deixou uma área problemática, a Caxemira, região montanhosa ao norte dos dois países. Grande parte da população da região é muçulmana e quer a anexação ao Paquistão, que a Índia nega. A Caxemira levou Índia e Paquistão a três guerras (1948-1949, 1965 e 1971)
A questão nuclear
Os dois países, em situação de extrema rivalidade, buscaram desenvolver ao máximo sua infra-estrutura militar. Em 1998, conquistaram o status de potências atômicas, após realizarem testes com artefatos nucleares
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Democracia só volta ao Paquistão em outubro de 2002
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O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, prometeu há um mês eleições gerais e o retorno da democracia para outubro de 2002, quando o golpe de Estado que o levou ao poder faz três anos. As eleições para as duas Casas do Parlamento e para as Assembléias das Províncias vão acontecer de 1º a 11 de outubro de 2002.
O Exército do país governou em 27 dos últimos 54 anos. Musharraf planeja fazer reformas na Constituição do país, atualmente suspensa, para introduzir mecanismos de fiscalização do poder. As mudanças serão feitas após debate público. Acredita-se que ele venha a dar à Presidência mais poder.
Depois de um golpe militar em 12 de outubro de 1999, Musharraf, então chefe das Forças Armadas do país, suspendeu a Constituição e assumiu o cargo de chefe de governo no lugar do primeiro-ministro Mohammad Nawaz Sharif. O então presidente Mohammad Rafiq Tarar continuou a exercer apenas o cargo de chefe de Estado —aquele que representa o país no exterior.
Foi então formado um Conselho Nacional, com oito membros selecionados por Musharraf, que se tornou o órgão supremo do país. O órgão concedeu ao líder militar três anos para que reformas no sistema político fossem realizadas.
A última eleição no país ocorreu no dia 31 de dezembro de 1997. O Parlamento do país, antes formado pelo Senado (87 membros) e pela Assembléia Nacional (217 membros), foi dissolvido por Musharraf durante o golpe. Os partidos políticos, no entanto, têm permissão para funcionar normalmente.
Saiba mais sobre a Índia e o Paquistão
Os dois países são ex-colônias britânicas. Em 1947 conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.
A questão da Caxemira
A partilha feita pelos ingleses deixou uma área problemática, a Caxemira, região montanhosa ao norte dos dois países. Grande parte da população da região é muçulmana e quer a anexação ao Paquistão, que a Índia nega. A Caxemira levou Índia e Paquistão a três guerras (1948-1949, 1965 e 1971)
A questão nuclear
Os dois países, em situação de extrema rivalidade, buscaram desenvolver ao máximo sua infra-estrutura militar. Em 1998, conquistaram o status de potências atômicas, após realizarem testes com artefatos nucleares
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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