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04/06/2007 - 13h33

Israelenses preparam atos pró e contra ocupação da Cisjordânia

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da Folha Online

Palestinos, militantes israelenses e estrangeiros marcarão a partir desta terça-feira o aniversário de 40 anos da Guerra dos Seis dias com uma série de manifestações, que se prolongarão durante o período entre 5 e 10 de junho --quando, em 1967, ocorreu este conflito árabe-israelense.

Durante os seis dias de guerra, o Exército israelense começou a ocupar o deserto do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as colinas do Golã (Síria).

Os israelenses a favor da ocupação farão grandes protestos a favor dos assentamentos judaicos na Cisjordânia --que foram em grande parte retirados pelo governo.

Colonos israelenses afirmaram nesta segunda-feira que planejam uma grande marcha --com a aprovação do governo-- nas ruínas de um assentamento da Cisjordânia que foi derrubado por Israel há quase dois anos.

A decisão gerou o temor de mais um confronto entre a polícia e colonos judaicos em Homesh. A polícia e as forças armadas tiveram de remover à força alguns manifestantes que se recusaram a deixar o assentamento desmantelando durante dois eventos similares em meses recentes.

Israel destruiu Homesh, três outros assentamentos na Cisjordânia e 21 outros na faixa de Gaze em agosto de 2005.

Os ativistas pedirão a Israel que reconstrua todos os assentamentos destruídos, afirmou Yishay Hollander, porta-voz do conselho dos colonos de Yesha, um dos organizadores da marcha.

Confronto

Enquanto os organizadores não estão encorajando os participantes a passarem a noite no assentamento após a manifestação --como ocorreu em protestos anteriores-- Hollander admitiu que será impossível garantir que todos deixarão o local.

"Nós não podemos remover todas as pessoas, mas a organização pretende acabar com o evento antes de a noite chegar", disse o porta-voz.

O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, não negou que a marcha seria organizada, mas disse que "se todos estão planejando passar a noite no local, então teremos que repensar nossa autorização ao protesto". As declarações foram feitas durante uma entrevista com a Radio Army (Exército). Peretz disse que a decisão final sobre a autorização ainda não havia sido tomada.

Atualmente, mais de 270 mil israelenses vivem em assentamentos na Cisjordânia. Os palestinos defendem que o território da Cisjordânia seja parte de um futuro Estado palestino independente.

Outro lado

Entre os israelenses contra a ocupação, duas manifestações terão lugar simultaneamente na tarde desta terça-feira: a primeira será em Tel Aviv e a segunda no bairro palestino de Anata em Jerusalém Oriental.

Em Tel Aviv, os manifestantes criarão um posto de controle israelense fictício para mostrar ao público as restrições que são impostas aos palestinos nos mais de 500 postos verdadeiros do Exército de Israel na Cisjordânia.

O grupo israelense anticolonização Paz Agora optou por fazer uma manifestação na cidade palestina de Hebron, em cujo centro estão instalados cerca de 60 colonos judeus.

"Queremos aproveitar esta oportunidade para chamar a atenção sobre a colonização e dizer ao público israelense que a política de colonização prejudica os interesses de Israel e o sonho sionista", disse o líder desta organização, Yaariv Oppenheimer.

"Evidentemente, uma manifestação não resolverá o problema, mas é importante para nós que nossa voz seja escutada durante essa semana", acrescentou.

A principal manifestação contra a ocupação do lado israelense ocorrerá no próximo sábado (9) em Tel Aviv, e coincidirá com uma série de manifestações previstas em dezenas de cidades do mundo.

Com Associated Press e France Presse

 

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