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25/07/2007 - 12h31

Premiê israelense afirma querer liderar processo de paz com palestinos

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da Folha Online

O premiê de Israel, Ehud Olmert, afirmou nesta quarta-feira que está determinado a "iniciar" e "liderar" um processo político para resolver os conflitos com os palestinos, sem "esperar" a ajuda de países árabes. A declaração foi feita durante uma visita de ministros da Jordânia e do Egito a Israel para discutir a proposta de plano de paz árabe para a região.

02.mai.2007/AP
O premiê israelense, Ehud Olmert, recebe hoje ministros árabes
O premiê israelense, Ehud Olmert, recebe hoje ministros árabes

"Quero iniciar um processo político com todas as minhas forças, e fazer com que as coisas avancem", disse Olmert em uma entrevista coletiva com o presidente de Israel, Shimon Peres.

"Se outros Estados querem ajudar, como a Arábia Saudita [que apresentou em 2002 a iniciativa de paz da Liga Árabe] ou os Emirados Árabes Unidos, agradecemos, mas não vamos esperar que eles iniciem o processo", reiterou Olmert. "Israel iniciará e liderará o processo, porque um avanço serve a seus interesses."

O premiê afirmou ainda que abrirá o caminho para negociar seriamente a paz com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Segundo o jornal israelense "Haaretz", não há cronograma definido para as negociações, mas já foram estabelecidos outros "acordos silenciosos" com Abbas para fortalecer o governo palestino formado na Cisjordânia.

Enviados árabes

Olmert fez as declarações pouco antes de se reunir com ministros enviados pelo Egito e pela Jordânia para negociar um plano de paz proposto pela Liga Árabe que prevê a devolução de terras ocupadas em troca do reconhecimento. Os enviados afirmaram esperar criar as condições que levarão à formação do Estado Palestino.

A visita ocorre pouco depois da estréia do ex-premiê britânico Tony Blair como representante do Quarteto (Estados Unidos, Rússia, ONU e União Européia) para o Oriente Médio. Ontem, Blair se reuniu com autoridades israelenses e palestinas e disse ver "possibilidades para a paz".

A presença dos enviados dos dois países, que passarão apenas um dia em Jerusalém e Tel Aviv, é a primeira de membros da liga para promover o plano de paz. "Estados estendendo a mão pela paz em nome da região inteira, e esperamos ser capazes de criar as condições necessárias para retomar negociações frutíferas e produtivas entre Israel, os palestinos e os Estados árabes", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Abdelelah al Khatib, ao presidente israelense, Shimon Peres.

"É hora de ter paz", respondeu Peres. O chanceler egípcio, Ahmed Aboul Ghei, e Al Khatib também se encontrarão com o premiê de Israel, Ehud Olmert, e com a ministra das Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni.

A iniciativa árabe oferece a Israel relações normais com todos os Estados árabes em troca de uma retirada completa dos territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias, em 1967, da criação de um Estado Palestino e de uma solução "justa" para a questão dos refugiados palestinos.

Israel tentou classificar a chegada dos enviados como um marco na normalização das relações com a Liga Árabe, mas os ministros minimizaram o gesto. A Jordânia e o Egito já têm relações diplomáticas com Israel, e apesar dos apelos israelenses e americanos para expandir o número de participantes árabes nas negociações de hoje, Estados como a Arábia Saudita se recusaram a ir.

Hamas

Também nesta quarta-feira, o braço armado do movimento islâmico palestino Hamas advertiu Israel contra atentar contra líderes do movimento. O braço político do Hamas detém o poder na faixa de Gaza depois de batalhas que levaram à expulsão do rival Fatah para a Cisjordânia e do rompimento do governo de coalizão palestino.

"Se os líderes do Hamas sofrerem algum dano, as Brigadas de Ezzedim al Qassam obrigarão os sionistas a pagar o preço com seu próprio sangue", afirmou o grupo em um comunicado enviado à imprensa, segundo a agência Efe.

As advertências chegam depois da divulgação de rumores de que Israel prepara o lançamento de uma ofensiva em larga escala contra a faixa de Gaza, com o objetivo de matar o premiê palestino destituído pelo Fatah, Ismail Haniyeh, e outros três destacados líderes islâmicos.

O braço armado do Hamas também se responsabilizou hoje pelo disparo de 12 morteiros contra o sul de Israel. Israel considera o Hamas um grupo terrorista e vem procurando isolar o grupo e fortalecer o Fatah na Cisjordânia.

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Com Reuters e Efe

 

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