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04/07/2000
-
07h45
da Reuters
em Caracas (Venezuela)
O governo venezuelano decretou na segunda-feira (3) aumentos entre 10% e 20% nos salários do setor privado, retroativos a 1º de maio, e estabilidade por dois meses no trabalho.
O decreto acata os pedidos dos empregados e deixa de lado as objeções dos empresários, que haviam dito que o aumento era muito grande para a contraída economia venezuelana.
Críticos do presidente Hugo Chávez, candidato à reeleição para um mandato de seis anos no pleito de 30 de julho, afirmam que a medida é populista e tem motivação eleitoral.
O decreto, aprovado por um conselho de ministros, inclui um aumento de 20% no salário mínimo, que agora equivale a US$ 211 dólares, como informou o ministro do Trabalho, Lino Martínez.
Ele acrescentou que também foi aprovado um aumento de 15% nos salários de empregados do setor privado que ganhem entre US$ 211 e US$ 733 dólares (144 mil e 500 mil bolívares) e de 10% para quem ganhe de US$ 733 a US$ 1.025 dólares.
Como medida para evitar um maior desemprego, próximo dos 15% hoje, o governo ordenou que as empresas não demitam por 60 dias, a partir de segunda-feira, a não ser em casos cometa uma falta grave.
Nos anos anteriores, os decretos de aumento de salário só se referiam ao mínimo e eram feitos a partir de um acordo entre uma comissão tripartite, formada por governo, trabalhadores e empresários. A comissão se reuniu na semana passada, mas não chegou a um acordo.
Chávez, que em 17 meses de mandato atacou várias vezes os empresários, havia advertido que, se não houvesse acordo, decretaria um aumento semelhante ao que dera para o setor público, que foi de 20% para 1,3 milhão de empregados a partir de 1o. de maio.
Para não arruinar as pequenas empresas, de até 20 empregados, o governo determinou para elas um aumento de 10% no salário mínimo, elevando-o para o equivalente a US$ 194 dólares. O mesmo aumento foi dado às empresas afetadas pelas inundações no Estado de Vargas, que deixou cerca de 30 mil mortos.
Com relação ao impacto inflacionário do aumento, superior à meta de inflação para este ano, entre 15% e 17%, Martínez declarou que "alguns técnicos avaliam que vai haver influência, mas relativamente pequena".
Clique aqui para ler mais notícias da agência Reuters na Folha Online.
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Chávez proíbe demissão em empresas a um mês da eleição
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em Caracas (Venezuela)
O governo venezuelano decretou na segunda-feira (3) aumentos entre 10% e 20% nos salários do setor privado, retroativos a 1º de maio, e estabilidade por dois meses no trabalho.
O decreto acata os pedidos dos empregados e deixa de lado as objeções dos empresários, que haviam dito que o aumento era muito grande para a contraída economia venezuelana.
Críticos do presidente Hugo Chávez, candidato à reeleição para um mandato de seis anos no pleito de 30 de julho, afirmam que a medida é populista e tem motivação eleitoral.
O decreto, aprovado por um conselho de ministros, inclui um aumento de 20% no salário mínimo, que agora equivale a US$ 211 dólares, como informou o ministro do Trabalho, Lino Martínez.
Ele acrescentou que também foi aprovado um aumento de 15% nos salários de empregados do setor privado que ganhem entre US$ 211 e US$ 733 dólares (144 mil e 500 mil bolívares) e de 10% para quem ganhe de US$ 733 a US$ 1.025 dólares.
Como medida para evitar um maior desemprego, próximo dos 15% hoje, o governo ordenou que as empresas não demitam por 60 dias, a partir de segunda-feira, a não ser em casos cometa uma falta grave.
Nos anos anteriores, os decretos de aumento de salário só se referiam ao mínimo e eram feitos a partir de um acordo entre uma comissão tripartite, formada por governo, trabalhadores e empresários. A comissão se reuniu na semana passada, mas não chegou a um acordo.
Chávez, que em 17 meses de mandato atacou várias vezes os empresários, havia advertido que, se não houvesse acordo, decretaria um aumento semelhante ao que dera para o setor público, que foi de 20% para 1,3 milhão de empregados a partir de 1o. de maio.
Para não arruinar as pequenas empresas, de até 20 empregados, o governo determinou para elas um aumento de 10% no salário mínimo, elevando-o para o equivalente a US$ 194 dólares. O mesmo aumento foi dado às empresas afetadas pelas inundações no Estado de Vargas, que deixou cerca de 30 mil mortos.
Com relação ao impacto inflacionário do aumento, superior à meta de inflação para este ano, entre 15% e 17%, Martínez declarou que "alguns técnicos avaliam que vai haver influência, mas relativamente pequena".
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