Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/09/2007 - 21h30

ONU alerta que crise por inundações em Uganda vai piorar

Publicidade

da Efe, em Campala

A crise motivada pelas inundações, que afetam Uganda há duas semanas e já causaram a morte de dez pessoas, vai piorar. O alerta foi feito neste domingo, pelos porta-vozes da ONU ao pedirem ajuda internacional.

"Estimamos que as inundações vão piorar ou, no melhor dos casos, serão mantidas no mesmo nível até novembro", disse à agência Efe o representante do PMA (Programa Mundial de Alimentos, das Nações Unidas), Tasema Negash, que antecipou que a crise deve se estender para outras regiões do país.

Durante semanas, a agência da ONU teve dificuldades para entregar comida aos mais de 300 mil desabrigados pelas inundações, disse Negash. Ele não descartou que aconteçam surtos de doenças infecciosas.

"Nossos caminhões não podem levar comida para nenhuma das áreas alagadas", disse o diretor do PMA. Negash especificou que, a partir desta segunda-feira, a agência contará com um helicóptero enviado do Sudão e botes para levar assistência às comunidades isoladas. Ele acrescentou que o PMA pediu ajuda de emergência de US$ 29 milhões à comunidade internacional.

A crise causada pelas inundações e o súbito deslocamento de 25 mil refugiados, provenientes da vizinha República Democrática do Congo, piora o caso de 1 milhão de pessoas que continuam desabrigadas no norte de Uganda.

O Governo ugandense também fez um apelo de ajuda internacional para quem perdeu tudo nas inundações. "As 300 mil pessoas deslocadas não têm comida nem água potável. Solicitamos à comunidade internacional que atue em favor delas", disse o ministro de Preparação e Resposta a Desastres, Moussa Ecweru. No sábado, ele percorreu de helicóptero as regiões alagadas.

O distrito de Amuria, criado recentemente na região de Teso, foi um dos mais afetados. O prefeito local, Julius Ochien, disse à agência Efe que 18 pontes foram arrastadas pelas águas dos rios após as fortes chuvas que começaram sábado e continuam hoje.

Ochien, que levava um caixão para recolher os cadáveres de uma mulher e seu filho que morreram afogados, acrescentou que "muitas pessoas foram apanhadas pela cheia das águas e é muito provável que o número de mortos aumente". O prefeito juntamente com os governantes de outros municípios da região pedirão ao Governo que declare zona de desastre na região de Teso. Ironicamente, esta é uma das áreas normalmente afetadas pela seca no nordeste de Uganda, afetada ainda pela ação de guerrilhas.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite o endereço wap.folha.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página