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08/10/2007 - 17h00

Reino Unido anuncia redução de contingente no Iraque

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da Folha Online

O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, anunciou nesta segunda-feira que o contingente britânico no Iraque passará a cerca de 2.500 militares ainda no primeiro semestre do próximo ano. Atualmente, o Reino Unido mantém um contingente de cerca de 5.500 militares no Iraque, segundo a Reuters.

Brown disse que futuras reduções de contingente serão realizadas após a primeira etapa anunciada e rejeitou colocar um prazo, exigido por alguns legisladores, para o fim da missão no Iraque. Ao total, 170 britânicos morreram no Iraque desde março de 2003, segundo a Associated Press.

Durante sua visita ao Iraque na última semana, Brown anunciou que mais 500 soldados poderiam voltar ao Reino Unido até o final do ano. O premiê também disse que o Reino Unido transferirá o controle da segurança na Província iraquiana de Basra em cerca de dois meses.

O anúncio de Blair marca um ponto decisivo no sul do Iraque, onde não haverá mais grande presença de tropas internacionais patrulhando as ruas.

A forças britânicas irão tomar uma mudança de orientação, que inclui em primeiro lugar tentar assegurar o fornecimento de itens e a trânsito de rotas entre Kuwait para Bagdá, segundo Brown. No momento da redução para 2.500 militares, as tropas britânicas terão apenas um papel limitado, focado em treinamento.

Brown, que assumiu como primeiro-ministro em junho, levantou expectativas de que aceleraria o processo de retirada do Iraque. Seu antecessor, Tony Blair, teve como um dos desafios enfrentar a pouca popularidade do conflito no país do Oriente Médio.

No entanto, Brown disse ao Parlamento que o Reino Unido fiscalizará a situação e que pode pode voltar a intervir no Iraque.

Um alto oficial do governo disse à Reuters que não descartava a possibilidade de que todos os militares britânicos saiam do Iraque até o fim do próximo ano.

Brown também pediu que o Irã e a Síria parem de apoiar terroristas e grupos armados que operam no Iraque.

Críticas

O Reino Unido enviou 45 mil militares ao Iraque durante a invasão comandada pelos Estados Unidos em 2003. Os britânicos entraram no país como os principais aliados dos americanos e mantiveram de 7.000 a 8.000 militares nos últimos quatro anos na área xiita que produz a maior parte do petróleo iraquiano.

Brown também disse nesta segunda-feira que providenciará mais 140 veículos de patrulha Mastiff, que protegem contra minas e bombas em vias para as forças britânicas no Iraque e no Afeganistão.

O governo britânico também é duramente criticado por não providenciar proteção adequada aos militares que operam no exterior.

Como os britânicos vão se retirar de bases no Iraque, o tratamento dado a intérpretes iraquianos que trabalham para os militares do Reino Unido é um assunto de atenção, após notícias de que muitos foram procurados e assassinados por rebeldes.

Em seu primeiro grande discurso sobre política externa ao Parlamento, Brown também anunciou planos para permitir que os iraquianos que tenham trabalhado para os militares britânicos possam se candidatar a fundos para se reassentar no Reino Unido, no Iraque ou em países do Oriente Médio.

Em anos precedentes, eles não obtiveram asilo no Reino Unido, mas Brown ordenou uma revisão desta política em agosto.

"Pessoal que tenha sido empregado por nós por mais de 12 meses e tenha completado seu trabalho terá um pacote de pagamentos financeiros para ajuda de estabelecimento no Iraque ou qualquer outro local na região, ou ainda para uma possível adminissão no Reino Unido", disse Brown.

Um funcionário do governo afirmou que não há um número de exato de iraquianos que poderiam receber asilo do Reino Unido.

EUA

A Casa Branca anunciou hoje que não é uma surpresa a forte redução do contingente britânico no Iraque e informou que a ação estava nos planos de Londres.

"São lógicos os planos anunciados pelos britânicos, que consistem em reduzir sua presença militar no sul do Iraque à medida que as forças iraquianas estão em condições de assumir a responsabilidade de segurança", disse Nikki McArthur, porta-voz da Casa Branca.

"Todas as forças da coalizão no Iraque esperam passar a uma tarefa de supervisão à medida que os iraquianos continuem assumindo mais papéis na segurança", disse McArthur.

Com Associated Press, Reuters e France Presse

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