Presidente da Bolívia homenageia Ernesto Che Guevara

O presidente da Bolívia, Evo Morales, primeiro dirigente indígena boliviano, prestou nesta segunda-feira uma homenagem a Ernesto Che Guevara, assassinado há 40 anos no país andino, na cidade de Vallegrande, onde enalteceu o legado do guerrilheiro para continuar a luta "até acabar com o capitalismo".

"Nunca nos esqueceremos do Che, que nos deu uma orientação política e que deu sua vida para os outros. Sua luta continuará enquanto existir o capitalismo", afirmou Morales durante uma cerimônia de homenagem organizada por organizações civis de esquerda.

Vallegrande, uma cidade de 17 mil habitantes onde o lendário guerrilheiro foi exumado em julho de 1997, 30 anos depois de ser fuzilado e enterrado numa vala comum, foi o cenário principal das homenagens políticas prestadas ao Che na Bolívia.

Marcaram presença na cerimônia vários ministros de Estado; o cubano Leonardo Tamayo, ex-companheiro do Che na guerrilha boliviana mais conhecido como Urbano; o embaixador de Havana em La Paz Rafael Dausa; e artistas e representantes de organizações de esquerda da Bolívia, da Argentina, do Brasil, do Chile, do Paraguai e do Uruguai.

Urbano, um dos três sobreviventes da incursão armada na selva boliviana que selou o destino do Che em 1967, criticou os Estados Unidos e pediu a liberdade de seus compatriotas René González, Gerardo Hernandez, Ramon Labanino, Antonio Guerrero e Fernando Gonzalezque, acusados de espionagem e condenados em 2001 a penas de entre 15 anos e prisão perpétua neste país. Mais de 3.000 pessoas assistiram à cerimônia.

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