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17/10/2007 - 11h29

Ex-premiê volta ao Paquistão sob ameaça de morte de terroristas

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da Folha Online

A ex-primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto, 54, disse que retornará ao Paquistão nesta quinta-feira e que comandará seu partido para as eleições de janeiro no país, apesar de ameaças de morte da rede terrorista Al Qaeda contra ela.

"Amanhã estarei a bordo de um avião para Karachi [cidade no Paquistão]. É um dia no qual eu e todas as pessoas que amam a democracia no Paquistão e que acreditam em direitos humanos fundamentais devem estar esperando", disse Bhutto nesta quarta-feira em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Kamran Jebreili/AP
Ex-premiê anunciou que volta ao Paquistão apesar de ameaças de rede terrorista
Ex-premiê anunciou que volta ao Paquistão apesar de ameaças de rede terrorista

Bhutto saiu do Paquistão em 1999, acusada de corrupção. O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, e a ex-primeira-ministra realizaram um acordo que permitiu a volta de Bhutto ao país. O Paquistão retirou as acusações de corrupção contra Bhutto e ela não se opôs à reeleição do general, cuja validade é ainda discutida na Justiça do país.

Em Karachi, manifestações de partidários de Bhutto responderam com festa ao anúncio da ex-primeira-ministra. Cartazes de recepção para Bhutto foram afixados em muros e diversos pontos da cidade. Bhutto dirige o Partido do Povo do Paquistão (PPP).

Apesar de não estar no poder desde 1996, Bhutto continua popular no país e é considerada uma das figuras mais carismáticas no Paquistão, segundo a Reuters. Bhutto foi primeira-ministra por duas vezes e também foi a primeira mulher a ocupar tal cargo no Paquistão.

Segundo a Reuters, provavelmente os Estados Unidos incentivaram uma aliança entre Musharraf e Bhutto.

Asim Tanveer/Reuters
Manifestante comemora volta de ex-primeira-ministra ao Paquistão nesta quinta-feira
Manifestante comemora volta de ex-primeira-ministra ao Paquistão nesta quinta-feira

Bhutto, apesar da aliança atual, é uma possível rival para Musharraf nas eleições gerais de janeiro, quando os partidos dos dois líderes devem se enfrentar nas urnas.

A ex-premiê ignorou os pedidos de Musharraf para atrasar seu retorno ao Paquistão.

Bhutto disse que qualquer homem-bomba que ataque uma mulher queimará no inferno de acordo com a lei muçulmana.

A ex-premiê tem uma história ligada a atentados na família. Ela é filha de Zulfikar Ali Bhutto, que foi primeiro-ministro do Paquistão. Seu pai foi retirado do cargo e enforcado. Dois irmãos de Bhutto foram mortos em circunstâncias não esclarecidas. Um foi baleado em Karachi e o corpo do outro foi encontrado em um hotel na França.

Ela chegou ao poder pela primeira vez após a morte do ditador militar Mohammad Zia ul Haq --o general que retirou o pai de Bhutto do poder-- em um acidente de avião em 1988.

Em suas duas administrações, Bhutto foi acusada de corrupção e ineficiência.

Com Associated Press e Reuters

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