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02/12/2001 - 19h52

EUA descartam negociação com líder do Taleban

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CAMILO TOSCANO
da Folha Online

Os Estados Unidos não irão permitir nenhum acordo entre o chefe supremo do Taleban, o mulá Mohammad Omar, e qualquer outra entidade para escapar de um julgamento. A declaração foi feita hoje pelos secretários de Estado e de Defesa dos EUA (Colin Powell e Donald Rumsfeld, respectivamente).

"Recebemos informações sobre uma tentativa de negociação de sua parte, mas não há acordo possível", declarou Colin Powell, destacando que o líder do Taleban será caçado com a mesma intensidade que o extremista islâmico Osama bin Laden, acusado pelos EUA de ser o responsável pelos atentados de 11 de setembro.

Reuters - 25.jul.2001
Colin Powell, secretário de Estado dos EUA
"Alguns sugeriram que o mulá Omar poderia negociar com um dos dirigentes afegãos, e que poderia deixar o país, mas não estamos interessados nesse tipo de acordo", disse Powell à rede de TV americana CBS.

"Faremos tudo o que estiver a nosso alcance para garantir que [o mulá Mohammad Omar] não fuja", disse Rumsfeld à rede de TV NBC. "Discutiremos firmemente com qualquer pessoa que busque um acordo [com ele] para permitir que ele fuja", afirmou.

A ONU (Organização das Nações Unidas) apresentou um plano de governo de transição de seis meses no Afeganistão, que teria entre 20 e 30 integrantes de todas as etnias do país. Nem o ex-rei do Afeganistão, Zahir Shah, nem o atual presidente do país, Burhanuddin Rabbani, reconhecido pela ONU, deverão chefiar o governo.

Reuters - 18.set.2001
Donald Rumsfeld, secretário de Defesa dos EUA
As lideranças das etnias do Afeganistão estão reunidas desde o início da semana em Bonn, na Alemanha, para traçar as linhas do futuro governo afegão.

Diplomacia
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, irá começar na próxima terça-feira (4) uma maratona de sete dias de visitas a dez países da Europa e da Ásia Central, com o objetivo de debater o futuro do Afeganistão e a luta contra o terrorismo.

Powell irá se reunir com chefes de governo da Romênia, Turquia, Bélgica, Uzbequistão, Quirguistão, Cazaquistão, Rússia, Alemanha, França e Reino Unido.

A questão afegã estará em primeiro lugar na pauta das conversações com os países que têm influência sobre a região, especialmente a Rússia e a Turquia, além das repúblicas centro-asiáticas vizinhas ou próximas do Afeganistão.

Ataques
Um bombardeio das forças americanas teria matado hoje 15 civis, entre eles nove crianças. As tropas dos EUA teriam confundido um jipe em que viajavam os 15 civis com um veículo militar, próximo à cidade de Candahar (sul do Afeganistão). A informação foi dada por um sobrevivente que chegou ao Paquistão.



Mohamed Jan foi ferido nos braços e nas pernas, e contou que os cinco filhos morreram no bombardeio de sua aldeia terça-feira passada. Ele contou que as cinco casas da aldeia em que morava, situada entre o aeroporto de Candahar e a cidade, foram destruídas. Os EUA não confirmam a informação.

Os bombardeios do final de semana foram concentrados nas áreas próximas às cidades de Candahar (sul do país) e Jalalabad (leste). Os ataques em Tora Bora, área que fica a 45 km ao sul de Jalalabad, têm como objetivo localizar o terrorista Osama bin Laden, o principal suspeito de orquestrar os atentados realizados em 11 de setembro.

  • Com agências internacionais


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