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Haiti e República Dominicana tentam resgatar isolados por inundações
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da Efe, em Santo Domingo
As autoridades haitianas e dominicanas dedicaram neste sábado todos os seus esforços a resgatar pessoas isoladas pela água em várias comunidades e continuaram com os trabalhos para recuperar corpos em diferentes pontos dos territórios.
Cinco dias depois de a tempestade tropical Noel ter iniciado sua passagem pela ilha Hispaniola, onde ficam o Haiti e a República Dominicana, o número de mortos chegou a 122 e teme-se que aumente nos próximos dias, pois regiões amplas seguem ainda isoladas por enchentes.
Na República Dominicana foram registrados 79 mortos, 43 desaparecidos e 64.956 deslocados, apesar de alguns já terem começado a voltar para suas casas.
Segundo a CNE (Comissão Nacional de Emergências), a situação "está voltando à normalidade".
Os vôos de resgate foram decisivos no desenvolvimento das operações de socorro e, segundo o diretor da Defesa Civil, Luis Luna Paulino, os helicópteros salvaram "pessoas que corriam risco de morte".
Doenças
Ao mesmo tempo, as autoridades sanitárias revelaram que começaram a surgir focos de doenças entre os milhares de deslocados.
O ministro da Saúde dominicano, Bautista Rojas, informou em comunicado que as infecções são resultado da aglomeração e da insalubridade que marcam a estadia de dezenas de famílias reunidas em abrigos temporários em diversos pontos do país.
Apesar de uma relativa melhora do tempo, meteorologistas prevêem para os próximos dias chuvas fracas e moderadas nas regiões sudoeste, noroeste e na zona fronteiriça com o Haiti. As precipitações serão acompanhadas de raios.
Cooperação
Começaram a concretizar-se envios de ajuda humanitária, como a anunciada hoje pela UE (União Européia), que destinou 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 3,8 milhões) para atenuar os efeitos das chuvas.
"Essa ajuda humanitária inicial proporcionará assistência a cerca de 60 mil pessoas", assegurou o bloco econômico, em comunicado.
A Espanha também anunciou ajuda, de US$ 230 mil (R$ 402.900), para a compra de alimentos e equipamentos, o envio de um avião com assistência humanitária e a mobilização de especialistas em saúde pública, saneamento e vigilância epidemiológica.
O governo de Taiwan, por sua vez, enviou à República Dominicana uma doação de US$ 200 mil (R$ 349 mil) em solidariedade pela situação que assola o país. A quantia se soma a de US$ 25 mil (R$ 43 mil) já doada pelo país na última quarta-feira ao Ministério da Agricultura para mitigar danos.
Haiti
Na parte ocidental da ilha Hispaniola, ocupada pelo Haiti, a situação continua crítica pelas mortes e os danos deixados pelo Noel, que tornou-se furacão na quinta-feira à noite, atingindo a categoria 1 na escala de intensidade Saffir-Simpson --que vai até cinco.
Em alguns locais, o desespero se apoderou dos desabrigados, devido à demora na entrega de alimentos e no atendimento às vítimas.
No Haiti, segundo o último balanço oficial divulgado pela Defesa Civil, os mortos chegam a 43, e os números de desaparecidos e feridos são de 15 e 79, respectivamente.
Cerca de três mil famílias se encontram desabrigadas no Haiti, onde 14.198 pessoas foram hospedadas em albergues, 1.075 casas ficaram destruídas e outras 4.880 sofreram danos.
Os últimos relatórios oficiais conhecidos mencionam numerosos danos na agricultura, na pecuária e nas infra-estruturas "arrasadas pelas águas".
A região que conta com maior número de mortos e desaparecidos é a oeste (que inclui a capital, Porto Príncipe), onde foi registrada a perda de 27 vidas e o desaparecimento de 11 pessoas. Em Porto Príncipe houve 16 mortes.
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