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Oposição venezuelana abre campanha contra reforma constitucional
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da Efe, em Caracas
Setores opositores venezuelanos chamaram neste sábado a população para "sair às ruas" para defender a democracia e rejeitar o referendo convocado para o próximo dia 2 de dezembro sobre a reforma constitucional impulsionada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
No primeiro ato opositor no marco de campanha do referendo, dirigentes políticos afirmaram perante milhares de seus seguidores reunidos em uma avenida do centro-oeste de Caracas, que o dilema nacional "não é votar ou não votar" no referendo, mas "impedir" a reforma "inconstitucional" que impulsiona o "ilegítimo" governo de Chávez.
Hermann Escarrá --ex-governista e ex-membro da Assembléia Constituinte que redigiu a Constituição vigente e dirigente do CNR (Comando Nacional da Resistência)-- anunciou que esse grupo dará a conhecer nos próximos dias um plano de ação contra a reforma.
O advogado disse que a reforma de Chávez contém normas "que só aparecem em algumas legislações alemãs e italianas em tempos do fascismo", e "copia" a Constituição cubana em assuntos como a limitação à propriedade privada.
O governo convocou para domingo uma "grande marcha" em Caracas a favor da reforma, que será o primeiro ato governista no marco da campanha pelo "sim" no referendo do próximo 2 de dezembro.
Nova York
Nos Estados Unidos, opositores de Chávez já saíram às ruas. Um grupo de venezuelanos realizou um protesto em frente ao consulado do país em Nova York contra a reforma constitucional.
Participaram da manifestação representantes das entidades CIVD (Conselho Internacional Venezuelano para a Democracia), Save (Social Artistry Venezuela) e Recivex (Resistência Civil de Venezuelanos no Exterior).
Uma das coordenadoras da manifestação, Eglos Broslar, disse que o evento foi organizado "em protesto ao fato de Chávez estar fazendo mais do que mudar a Constituição", declarando que essas reformas permitirão ao presidente venezuelano "sua reeleição ilimitada."
Os menos de 100 manifestantes carregavam bandeiras da Venezuela e cartazes que diziam "Não à reforma de Chávez" e "Chávez, chegou a sua hora" em inglês e em espanhol.
"Passaremos a fazer parte do insípido e triste paraíso cubano, essa sociedade miserável e escrava que teve que suportar durante meio século o sanguinário ditador Fidel Castro", opinou o presidente da Save, Manuel Kohn.
A presidente da CIVD e da Recivex, Cristal Montañez, declarou que os venezuelanos "estão fartos do abuso de poder exercido por um bando infame."
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